sexta-feira, dezembro 29, 2006

BOM ANO (Cont.)

Visto que na posta anterior falhou o link da queda, aqui vai:
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BOM ANO 2007

E se Portugal fosse uma mulher...?

E se o ténis está muito duro?

E se um gajo tem queda p´rá coisa?

E se João Claro, famoso cantor aveirense, pedisse a passarinha?

E se me devorasses? Dizem estas meninas.

E também:

Um clássico (...quando chegavas tarde para jantar...)

Sempre pedrado, maltratava minha mãe...

Então,

PESQUEM COISAS BOAS NO ANO QUE AÍ VEM!

BOM ANO 2007 PARA TODOS!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

2006 - Lido.Ouvido.Visto

- Os Melhores do Ano -

Lido
Ouvido
Visto

A cultura com mais pinta do ano…para mim. O que mais se ouviu e se gostou. O disquito, o la la la mais catita, a fita porreira, os paladares e os amores...

Srs e sras. meninos e meninas, apresentamos a listinha maravilha.



* O Melhor que LI *
“Alamut” VLADIMIR BARTOL
“Sahara” MICHAEL PALIN
“O clube Bilderberg” DANIEL ESTULIN
“Memórias do Rock português” ARISTIDES DUARTE

banhada do ano:
“O último Papa” L.Miguel Rocha

* O Melhor Que OUVI *
Albuns
“Return to coockie mountain” TV ON THE RADIO
“12 Songs” NEIL DIAMOND
“Modern Times” BOB DYLAN
“Vol.2-Quando a alma não é pequena” DEAD COMBO
“AmericanV” JOHNNY CASH
“Humanos ao vivo” HUMANOS
“Rather Ripped” SONIC YOUTH
“Whiskey on a Sunday” FLOGGING MOLLY
“From Buraka to the world-E.P.”BURAKA SOM SISTEMA
“Pratica(mente)“ SAM THE KID
“La Cantina” LILA DOWNS
“Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos” BANDA DO CASACO
“Gypsy Punks:Underdog world strike” GOGOL BORDELLO
“Acorda!” Nova Música Portuguesa em mp3


Canções:
“Save me a saturday night” Neil Diamond
“Poetas de karaoke” Sam The Kid
“Fim da luta” Balla
“Ecoute moi camarade” Rachid Taha
“Me llaman calle” Manu Chao
“Dances of resistance” Babilon Circus
“Drunken lullabies” Flogging Molly
“Comeback Margaret” Camera Obscura
“Here comes a city” Go-Betweens
“Pressure drop” Toots & The Maytals
“Ya rayah” Rachid Taha
“Someday baby” Bob Dylan
“Love is a terrible thing” The Act-Ups
“God´s gonna cut you down” J.Cash
“Many rivers to cross” The Walkmen

Descobertas:
Silver Apples (anos 60)
Los Saicos(anos 60)



* O Melhor Que VI *
As pessoas mais amadas
“Volver” cinema
“Balbúrdia na quinta” cinema
“Walk the line”dvd
“Roma” (série canal 2)
“No direction home”(doc.canal 2)
“Iggy Pop live Bruxelas99”dvd
“Humanos no Coliseu” dvd
“Led On no Avante” Fechei os olhos e foi como ouvir Led Zeppelin
You Tube
O pôr do Sol em Maiorca

Filmes-banhada do ano:
“O novo mundo” Terence Malick



* O Melhor Que COMI *
Borrego Assado no Forno feito pela mana
Feijoadas e Chilis cá de casa
Camarão em Cerveja cá de casa
Sardinhadas
Arroz Doce do meu Amor
Costeletas de Borrego do Riki

Desejos não satisfeitos:
- Favas com Chouriço
- Ervilhas com Ovos Escalfados
- Chanfana
- Ensopado de Borrego
- Bacalhau com Broa

terça-feira, dezembro 26, 2006

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A Pessoa do Ano

A revista Time elegeu o "utilizador da Internet" como a Pessoa do Ano.
Ena pá! Que porreiros os gajos!

A nossa comunicação social, quase eufórica, noticiou a suposta originalidade da escolha. Só que, parece que a escolha foi uma forma airosa que arranjaram para não engolirem um sapo.

Aquela publicação promoveu uma votação via net (nos EUA cerca de 70% usa a net, por cá cerca de 30%, diz-se e lê-se por aí, mas também não meto as mãos no fogo), mas deparou-se com uma, aliás, duas surpresas desagradáveis e cancelou a dita, elegendo-nos a todos e a ninguém como Pessoa do Ano.
É que a lista estava a ser liderada por...Hugo Chávez e, logo a seguir, por...Mahomoud Ahmadinejad. Em terceiro lugar vinha Nancy Pelosi.

Por exclusão de partes...TU.

Ele Há Coisas do Cacete!

Entrei na pastelaria André e presenciei o seguinte diálogo.

Sra.-Olhá lá André, tens cá cacetes?
André-Isso é com o padeiro. Ó Rui, vê lá que aqui a senhora precisa de cacetes!

Por esta altura já toda a gente se está rir, embora timidamente.

Padeiro- De quantos cacetes é que precisa?

Com a pergunta do padeiro dá-se a gargalhada geral. Até a cliente se desmancha.

Sra.-Arranje-me aí uns cinco para amanhã.
Padeiro-Tá bem, então são cinco cacetes para amanhã.

Não sei que raio de efeito humorístico tem a simples evocação dos cacetes. Pergunta-se por um pão alentejano, da lagoínha, etc e não se passa nada, mas quando alguém pede cacete-e então se for do sexo feminino- desata tudo a rir que nem perdidos.

Veja-se no dicionário e talvez se fique com uma ideia:

cacete
s. m.,
pau curto e grosso;
moca;
bordão grosso numa das extremidades;
pão de trigo sobre o comprido


Lá está, pau curto e grosso, moca. Sempre a malandrice a funcionar.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

A Travessia

Lisboa é bonita e tem muito para oferecer e para ver, mas as 3 melhores coisas que tem são:
A ponte 25 de Abril
Os barcos da Soflusa
A ponte Vasco da Gama (na foto)

Gosto da sensação de voltar à margem sul. Parece que a terra se estende como um lençol à minha frente.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Um Desárbitro de Futebol



Carlos Xista
Árbitro de Futebol

A realidade supera a ficção. Como se vê:

"O jogador da equipa visitada, Micolli, desmandou-se em velocidade tentando desobstruir-se no intuito de desfeitear o guarda-redes visitante.Um adversário à ilharga procurou desisolá-lo, desacelerando-o com auxílio à utilização indevida dos membros superiores, o que conseguiu. O jogador Micolli procurou destravar-se com recurso a movimentos tendentes à prosecução de uma situação de desaperto mas o adversário não o desagarrava. Quando finalmente atingiu o desimpedimento desenlargando-se, destemperou-se e tentou tirar desforço, amandando-lhe o membro superior direito à zona do externo,felizmente desacertando-lhe. Derivado a esta atitude, monstrei-lhe a cartão correspectivo."

Extracto do relatório do árbitro Carlos Xistra, relativo à apresentação do cartão amarelo ao jogador Micolli do Benfica.

Mensagens de Merda

Mensagem recebida:
"Viva intensamente o espírito de Natal.Faça já download do toque All I Want For Christmas Is You de Mariah Carey. Envie toque...(Eur1)".

Foda-se! Cum camandro! Dar um euro por um grómito da Mariah?! Vão bardamerda, que a vida custa, seus chulos!

Tudo o que eu quero para o Natal é que não me chateiem!

Mas eu fiz mal a alguém?

Nesta meia-dúzia de anos de telemóvel, nunca respondi uma única vez às mensagens das operadoras. Nem penso fazê-lo. Então nesta altura do ano torna-se deveras irritante.Um gajo ouve o ti,ti,ti, e vai ver pensando que chegou uma mensagem importante daquela pessoa, mas depara-se com estas tretas inventadas pelos chupistas do télélé.

Promoções,
fale mais barato,
adira já,
fale mais por menos,
oferta de minutos,
jingle bell,
dá cá o papel...

...seus enormíssimos filhos da puta! Deslarguem-me! Vão cagar à mata!

terça-feira, dezembro 12, 2006

VideoManias

Flogging Molly - Drunken Lullabies

Gogol Bordello - start wearing purple

Corvus Corax - ductia

Cordel do Fogo Encantado - preta

Rachid Taha - Ya Rayah

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Junto ao Portão da E.B.Nº6

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Vejo aquelas pessoas já com alguma idade em cima, que se apresentam maioritariamente em tons escuros, algumas usam pantufas combinadas com saias e casacos. Chegam, bloqueiam imediatamente a entrada da escola com os seus guarda-chuvas tipo toldo, e falam aos gritos para que os putos se apressem a sair. Idosos e reformados cheios de afazeres.

Vejo aqueles que usam fatos de treino coloridos e com riscas de lado, ténis brancos ou até mesmo sapatos, para que a combinação foleira resulte de todo. Estão em casa e não é por uma ida de cinco ou dez minutos à rua que valerá a pena vestirem-se de outra forma.

Vejo um estilo recentemente bastante difundido e vulgarizado, que se poderá apelidar de hip-hop xunga, onde não falta o boné à americana e as imitações baratas dos rappers da mtv. Só que, acaba por dar uma misturada tipo D´zrt de feira de Azeitão, ou eu sei lá o quê…

Vejo a dona mamalhuda que se convenceu (pela graça não sei de quem) de que era a boazona do bairro e desfila por entre os reformados salivando por inimagináveis aventuras carnais.

Ouço as bocas que se atiram para o ar, esperando que alguém enfie o barrete, e que dizem “as pessoas são mesmo estúpidas…atravancam ali o portão e só complicam”; ou então “ó Bruno, deixa lá essa porcaria senão levas nos cornos!”, e outras mais.

Vejo chegar condutores de carrinhas ATL completamente stressados da vida, sempre de um lado para o outro a transportar os putos que insistem em não obedecerem às suas ordens.

Vejo carros estacionados no meio da rua que não se importam de fazer os outros esperar. E buzinadelas, muitas e ruidosas.

É assim quase todos os dias junto ao portão da Escola Básica nº6, do Alto do Seixalinho.

Mas hoje, nesta tarde de chuva intensa, vejo algo diferente. Do lado da rua Bartolomeu Dias vem uma senhora em passo apressado, fura por entre os bloqueadores da entrada, entra na escola e vai buscar a filha. Apesar da chuva não usa chapéu. Mas há algo que a cobre da cabeça aos pés, apertado na zona do pescoço com uma mola da roupa. Trata-se nem mais nem menos de uma toalha de cozinha aos quadrados vermelhos e brancos, daquelas plastificadas. Um verdadeiro must! Dá um beijo à filhota, cobre-a com a toalha e lá vão felizes da vida.

Presumo que não teria nada melhor à mão para usar. Sem dúvida trata-se de alguém com o sentido prático das coisas da vida.

Acorda!




Para ir descobrindo estes 120 temas de novos músicos portugueses, vários estilos e sons, em formato mp3. Receitas a favor do I.P.O. de Lx.

Uma ideia de Henrique Amaro(Antena 3) e edição da Cobra Discos. Custa apenas 8.50 euros. Vale a pena----Toca a ouvir!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Poetas do Karaoke

Sam The Kid “Pratica(mente)”

Disco do ano da música nacional?
O hip-hop atinge aqui a maioridade, sem dúvida.
As farpas não enganam...

A confirmar no video de:
"Poetas do Karaoke"

http://www.youtube.com/watch?v=R0ghFYEVtJk

O Rikki concordará.

quarta-feira, novembro 29, 2006

O Homem da Bomba




Isto deve ser levado a sério?

Este gajo será bom da cabeça?

Alguma vez se saberá?

******

Parece que já prescreveu.

Também o maluquinho dos caixotes do lixo afirma que foi ele quem fez a bomba.

Tudo foi feito para que não se soubesse.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Sou Um...




sou um homem
um poeta
uma máquina de passar vidro colorido
um copo uma pedra
uma pedra configurada
um avião que sobe levando-te nos seus braços
que atravessam agora o último glaciar da terra


" Se houvesse eternidade, era uma coisa, mas não há
Para que é que a vida serve?
Para foder, que é muito bom. Para amar. E para morrer."

Mário CesArinY

sexta-feira, novembro 24, 2006

Mais Claro Que a Clara do Ovo

O Ministro da Saúde chegou à SIC e disse:

«Os grupos privados [do sector da saúde] têm a sua política e pagam aos senhores jornalistas para porem notícias nos jornais e nas televisões.»

Se alguém ainda tinha dúvidas...Toma lá e embrulha!

É Mesmo Aqui ao Lado


Dia 1 Dezembro - 22 h - 15 euros - Wim Mertens


Dia 7 Dezembro - 22 h - 12 euros - Jacinta

Fórum Cultural José Manuel Figueiredo - Rua José Vicente - Baixa da Banheira.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Bom Cu em Beja

Era uma vez uma moça de Beja que era a alegria de maquinistas e outros funcionários da CP. Mas principalmente de maquinistas. Era uma boa destressante. Parava à noite nas imediações da estação e junto ao restaurante. Os seus serviços granjearam enorme reputação por aquelas banda (e não só) e não se esticava nos preços. Era bonita e bem dotada, principalmente no tocava à bunda. E era a bunda que ela vendia. E nada mais que a bunda. Mas consta que era do melhor que havia. Até se dizia: "se queres bom cu em Beja...".
Era a alegria da cidade.

Mas como tudo o que é bom se acaba, certo dia a moça disse adeus a Beja e veio para a grande cidade à procura de melhor sorte. E como a sorte também bate à porta de quem se esforça - então com uma carinha laroca e um corpinho que pede moca- singrou no exigente mundo da moda e aparece em revistas cor-de-rosa e em festas promocionais da inutilidade vip nacional.

E era uma vez um maquinista da CP, que em tempos foi feliz na planície alentejana e me deixou este testemunho, que só pode ser fruto da sua imaginação.

As Cinderelas não existem, nem sequer em Beja.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Luz da Manhã


vem de mansinho
sobre o rio
nuvem negra
da manhã

vou contra a corrente
dos apressados
gaivota deslocada
luz que irrompe
livre e amarrada

sem opções não se faz nada

**aos 22 de Novembro de 2006**

sexta-feira, novembro 17, 2006

Aquela Altura do Ano...

Está a chegar aquela altura do ano em que... se fazem as listinhas dos melhores/piores...um barbudo distribuidor de prendas aparece em todo o lado...dá o natal dos hospitais...fica um frio do camandro...acendemos a lareira...montamos a árvores de natal...vamos à terra...enfardamos carradas de doces...recebo garrafas de uísque...renovo as peúgas...se ouve de novo o do they know it´s christmas...e o jingó bé...e a raça humana é fantástica...e tudo e tudo e tudo, amori!

Duas Curtas da Guerra Colonial

Por vezes as pessoas recordam, em conversas, episódios da guerra colonial. Eu ouço algumas histórias, e é notório que aquilo ainda mexe muito com eles. Conseguem fazer relatos extremamente minuciosos, como se tivessem ocorrido há uns meros meses. É impressionante. Eram jovens, não conheciam nada para além das suas santas terrinhas e foram enviados para África combater. Era matar para não morrer. Tudo o que mexesse, literalmente. Adultos, mulheres, crianças, velhos, animais, etc, não se faziam distinções. Não havia tempo. Não se questionava. Eram homens de acção.
Edificaram-se amizades, juras, camaradagem, sonhos, amores distantes, sexo pago com nativas, onanismos, copos… vida e morte…céu e inferno. Não tiveram escolha.
Foi há mais de trinta anos e as memórias continuam presentes.
Não foi assim há tanto tempo.

Aqui vão duas que ouvi contar:


1

As casas dos sargentos e dos oficiais encontravam-se dentro do aquartelamento. Guiné.
Ali viviam com as suas famílias, constituídas na sua maioria apenas pelas respectivas mulheres. Havia poucas crianças.
Certa noite, a esposa de um sargento que estava ausente há vários dias, interpelou o cabo que trabalhava na messe.
-A que horas fechas a messe?
-Às duas da manhã. Respondeu.
- Olha, passa lá por casa, preciso que me faças um favor.
O cabo assim fez. Após fechar e largar o serviço, bateu à porta da senhora. Esta apareceu-lhe em trajes menores e mandou-o entrar. Parece que aqueles calores africanos e a ausência do marido punham a mulher fora de si. Ela queria que alguém apagasse aquele fogo que a consumia. Passara o dia a preparar no encontro com aquele soldado jeitoso. Mas este, desconfiado e com medo de eventuais represálias, para mais tratando-se da esposa de um superior, recuou, pediu imensa desculpa e foi-se embora, prometendo que não contaria a ninguém. Com grande pena sua, resistiu à tentação.

No dia seguinte, tinha sido entregue no comando uma participação contra si por tentativa de violação.
Resultado: 7 meses de prisão no forte de Elvas.



2

História parecida com a anterior. Moçambique.
A mulher de um certo oficial pediu a um soldado para passar lá por casa para lhe fazer um favor, carregar umas coisas e tal…
Ao ver o que ela queria, o soldado foi-se embora, com medo de vir a ter problemas. Não se podia arriscar daquela maneira e, quando pudesse, saciaria os seus desejos numa negra, como era costume.
No dia seguinte dá entrada uma participação contra si. O comandante chama-o para ser ouvido. Jura que é mentira e aposta em como a senhora vai retirar a queixa ainda naquele dia.
Dirige-se a casa da dita senhora, bate à porta e esta vem atender. Ele tem uma granada na mão e diz à tipa:
-Ou você retira ainda hoje a participação, ou puxo da cavilha e pode ter a certeza que não vou preso…posso ir p´ró caixão, mas você também vai!
Resultado: A esposa do oficial retirou a participação e não se falou mais nisso.

quarta-feira, novembro 15, 2006

terça-feira, novembro 14, 2006

Censurados...Até Morrer!


Lançamento previsto para 16 de Novembro. É a biografia da mítica banda punk portuguesa, da autoria de Augusto Figueira e Renato Conteiro.

Fala das origens desde os bancos de jardim de Alvalade, das histórias dos ensaios em garagens e quartos sem espaço, sabão no cabelo, botas da tropa, a revolta, a critica social, os concertos, os amigos, as zangas e traições, entradas e saídas, bandas antecedentes como os Ku de Judas, os Trip D´Axe, a relação com os Xutos, os N.A.M.(Núcleo de Atrasados Mentais), e muito mais...toda uma série de peripécias que fizeram a história da banda e daqueles que os seguiam.
Estes N.A.M. vi-os uma vez no RRV, num domingo à tarde, juntamente com os Cianeto. Eram muito bons; tinham garra e um grande speed para a época (tipo Suicidal Tendencies). Recordo-me que havia imenso mosh e stage-diving. Aquilo estava cheio de malta. A dada altura há um gajo que se atira para o meio da assistência e aterrou de cabeça no chão, tendo ficado mesmo muito mal tratado. Foi levado para o hospital.
E tenho belas recordações dos concertos dos Censurados: Uma primeira parte com os Xutos nas festas de Agosto do Ladoeiro (Idanha-A-Nova), no pavilhão da Quimigal com os V12 (heavy metal) , no Johnny Guitar (12/12 foi o melhor de sempre!) e na Cidade Universitária (Alecrim aos molhos).
Tinham atitude, boas canções, falavam do quotidiano urbano sem papas na língua e davam óptimos concertos. Duraram 4 anos, gravaram 3 discos e foram memoráveis. Ao vivo tinham uma pica do caraças!
O livro foi-me entregue em mão pelo Augusto Figueira e, do que li até agora, estou a gostar e a relembrar coisas que me marcaram.
Fazem falta em Portugal mais livros biográficos, que falem das nossas músicas e artes em geral. Embora neste ano já tenham saído livros do Sérgio Godinho e António Variações, há ainda muito por fazer. Se qualquer cozinheiro, opinador, figura de tv, taróloga, cartomante, etc, edita livros, não se compreende porque não há mais sobre música.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Voltar

Gostei de VOLTAR a ver um filme do Pedro Almodóvar. Ainda hoje não vi o anterior, "Má Educação", e o último tinha sido o "Fala Com Ela", mas em dvd (não é a mesma coisa e costumo adormecer no sofá). A Penélope (Cruzes canhoto!) está um espanto de mulher. Que graciosidade, minha nossa! Enche o ecran. Em Hollywood tem ganho montes de massa a fazer filmes da treta, mas nunca a tinha visto tão bem como neste.

Centrado num universo de três gerações de mulheres e na forma como a morte, o amor e a mentira marcam as relações familiares, no passado e no presente. Desde uma aldeia perdida até à grande cidade. Excelente.


Ah, fomos vê-lo aos cinemas do Feira Nova porque é mais perto e não deve estar lá muito mais tempo em exebição. Mas aquilo, de facto, está uma lástima.
Um simpático brasileiro, tanto atende ao bar como às bilheteiras, no intervalo aproveita para comer um bolito, enquanto a sua colega passa com uma sopa que será o seu jantar, o ar condicionado estava ligado no frio (ainda bem que levei o casaco) que parecia estar na Sibéria, na sala só nós dois e mais ninguém (esta é a parte boa). Lá tive que pedir ao moço para desligar aquilo, senão pedia uma indemnização por atentado contra a minha saúde, e ele tratou logo do assunto. No chão, por entre as cadeiras, há restos de comida e pacotes das sessões anteriores. Pelo que se vê, pressente-se que aquilo não se deve aguentar muito mais tempo aberto.
De outra vez fomos ver um filme com os putos e nem sequer tinham pipocas!? Numa caixa apresentavam-se dois chocolates mars com mau aspecto, que até os putos se chatearam comigo por me ter recusado a comprar aquilo.
Só lá vou porque é o mais próximo que temos.

VOLTAR é bom, mas voltar aos cinemas do Feira Nova é que já não sei, não!

quarta-feira, novembro 08, 2006

Princesas

Hoy no somos putas
Hoy somos princesas

Voy calle abajo, voy calle arriba
No me rebajo ni por la vida

Me llaman calle

http://www.youtube.com/watch?v=jijOuX7P3Ts

segunda-feira, novembro 06, 2006

Saddam é...



Para completar a posta anterior.

E.U.Forcado





Sec.XXI.

A caminho da democracia.

Condenado à forca.

Qual deles?

Sim, se o gajo tinha uma carrada de duplos ao seu serviço, não terão eles apanhado e condenado um reles sósia, ou condenado o verdadeiro para enforcar outro?

A gente já desconfia de tudo...

Eu também me estou a cagar para o destino do Saddam. Mas à forca? Não se arranja nada mais...humano...quer dizer, menos medieval?

segunda-feira, outubro 30, 2006

Vitamina C



Como é que se distingue o limão do pénis?

R: Chupam-se os dois, o azedo é o limão.

terça-feira, outubro 24, 2006

Plágios e Pauladas

Já tinha lido no Correio da Manhã e hoje no 24 Horas prometem-se pauladas e processos para os autores do blog.

Ele há cada uma!

Então não é que acusam o Miguel Sousa Tavares de, no seu livro "Equador", ter plagiado "Freedom at Midnight", de Dominique Lapierre e Larry Collins, traduzindo parágrafos inteiros.

Cada um que tire as suas conclusões.

segunda-feira, outubro 23, 2006

P.S. (Partido Sugus ou do Sócrates)

Em jeito de desabafo eu digo:

SUGUS é doce!
ELES SUGAM TUDO E NÃO DEIXAM NADA.

Os economistas aplaudem.

Nós gramamos.

OTA & TGV.

Nós pagamos.

Os lóbisomens das BancObras agradecem.

Financiam-se os Sugus e estes garantem emprego pós-governo.

Nós pagamos.

Ajudamos quem precisa.

Não é micro-crédito; é ultra-crédito para o Nobel da chulice.

O Euro 2004 já foi - a factura ficou. Devo ter uma cadeirinha sempre vazia no estádio do Algarve...ainda por pagar, onde uma mosca poderá pousar.

A Expo foi bonita, para quem se encheu foi melhor ainda.

Já dizia Fócrates: A vida é uma soda.

É que há uma conspiração grega que nos lixa, ora vide:

-Gastámos o carcanhol e eles, com uma equipa da tanga, ganharam o euro e fizeram a festa.

-Temos um 1º Ministro com nome de filósofo grego que nos tem obrigado a filosofar sobre o sentido de tudo isto, e a exercitar as mais diversas fórmulas matemáticas para governar o euro-lar.

-Veio de lá o Fernando Santos para o Benfica, e é o que se tem visto.

Tudo isto é triste tudo isto é...Sugus.

*Sugus: Nome proveniente das línguas escandinavas - suge - que significa o mesmo que chupar.

sexta-feira, outubro 20, 2006

quinta-feira, outubro 19, 2006

Aqui Não Se Aprende Nada

Hoje o fala-barato do Zé Algarvio jurava a pés juntos que o masculino da víbora era o viborão. De nada adiantou dizer-lhe que não. Ele é que sabe, que até já foi mordido por um bicho destes.

Mais tarde encontrei um senhor que me começou a falar do tamanho do peixe espada, passou para uma conversa sobre um antigo craque do benfica, eu disse que nunca tinha ouvido falar, ele insistiu que eu o conhecia só que não me lembrava, depois falou da chuva e da sua importância para a agricultura e então até logo...

O Z.B. deu uma palestra sobre o Benfica e explicou os recentes maus resultados. Se eu sabia onde é que tinha sido feita a reunião que decidiu que o Vieira seria o presidente. Resposta: nas instalações do F.C.Porto. Para onde é que foi o Mourinho depois de despedido do Benfica? R: Pois para o Porto (com passagem por Leiria para disfarçar). E o Maniche? R: FCP. E o Anderson, que foi recusado pelo Benfica, onde é que joga? No FCP. E o Néné que há uns anos estava a formar uma excelente equipa de juniores e foi corrido do Benfica, foi por causa da filha ter mudado de sexo? Nada disso. E quem foi o melhor presidente que o SLB teve? R: O Vale e Azevedo; o único que deu tudo pelo clube e que foi tramado pelos do sistema (Pinto da Costa, Valentim&Cia), o que foi buscar o Mourinho e ameaçou o Ministro não sei quantos que o velho estádio da Luz não seria demolido e não entrava no Euro 2004, o que impedia certos gajos de mamarem milhões à conta da construção do novo estádio.
Resumindo: o SLB é controlado à distância pelo FCP.
Foi uma palestra de uma hora e tal, e muito ainda ficou por dizer.
Ou estou a ficar maluco ou isto até tem uma certa lógica.



No café, duas senhoras trocavam impressões. Às tantas aquilo começou a dar para o desatinado. Uma delas, a de nariz empinado, diz para a outra:
- Eu sou uma senhora fina, eu pertenço à classe vip, não sou uma qualquer!
Fez-se silêncio durantes uns segundos e a outra diz:
- Ai você é vip, é?! Pois olhe, o seu marido parece é um bulldog a sair da casota!
A madame finória virou costas e foi-se embora sem dar resposta ao que acabava de ouvir.

Aqui não se aprende nada.

domingo, outubro 15, 2006

1 Ano



1º aniversário do blog.

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quarta-feira, outubro 11, 2006

Los Diablos da Famel



O Abel e o Rodas eram os verdadeiros The Famel Devils - uma dupla que impunha respeito ao resto das pessoas, inclusivé à GNR, que era composta apenas por 2 indivíduos e que nunca eram da terra. Vinham de outras terras da zona ,(normalmente) e às vezes até vinham de lugares mais a norte como o Fundão ou a Covilhã.

A mota explodiu - fala de uma situação, absolutamente real, que aconteceu lá na terra em finais dos anos 80. Os dois tipos, numa certa noite de verão; daquelas de um calor abrasador e abafado característicos do Rosmaninhal, saíram do café junto à Capela do Espirito Santo, onde tinham estado a mamar minis há horas, para irem a outra aldeia onde havia festas. Eles queriam jantar umas febras ou um frango assado, qualquer coisa assim. Mas a mota famel não tinha maneira de pegar, já tinham tentado de várias maneiras e ela não pegava mesmo. Então, o Abel lembra-se "...que se calhar a mota não tem gasolina, é melhor a gente abrir o depósito para confirmar". Dito e feito. Só que como estava muito escuro, porque a lâmpada do candeeiro público estava fundida, eles não conseguiam ver bem. Havia por ali muita malta a olhar para aquilo, mas estava posicionada no lado oposto da rua. E o que é que aconteceu ali naquela noite?

Ora bem, o Rodas saca do bolso uma caixa de fósforos, diz ao Abel "...segura aí na mota!", acende o fósforo, posiciona-o aceso junto ao depósito, baixa a cabeça para ver melhor, o depósito começa a arder, o gajo ainda queimou uma parte do cabelo e da testa, o Abel larga para o chão a puta da mota em chamas, acende-se uma bruta labareda, a malta começa a fugir rua abaixo e rua acima e, por fim, dá-se uma enorme explosão, que se ouviu a vários quilómetros, e uma bola de fogo queimou completamente a parede do café, de cima a baixo.

Uma das coisas mais impressionantes que vi até hoje.

Eram os verdadeiros The Famel Devils. Voltei a falar deles porque estive com os meus primos da Idanha, o J.A. e o P.J., que me contaram com é que parava a malta da nossa meninice. O Abel tosquia ovelhas e até faz trabalhos para os meus primos, enquanto que o Rodas anda por lá com um tractor e a apanhar bebedeiras. Há pouco tempo foi multado por um gnr lá da terra, quando ia de mota com alcool a mais. Na noite seguinte fez uma espera ao gajo e deu-lhe uma tamanha carga de porrada, que até tiveram de levar o gnr ao hospital de Castelo Branco. Agora vai a tribunal e pode ser preso. Granda maluco!

Aliás, por aquelas bandas ficaram alguns malucos. Outros malucos fugiram de lá. Uma terra um pouco maldita.

Javalis ao balcão - é sobre 2 javalis que numa tarde entraram pelas ruas da povoação, vieram descendo lá do alto e, chegados ao mesmo café, não foram de modas e entraram mesmo lá para dentro, a malta deixou cair as minis para o chão com o susto e tudo, olharam e voltaram para a rua, continuaram e enfiaram pelos campos adentro. Vieram logo os homens com caçadeiras, subiram para uma carrinha de caixa-aberta e partiram para uma perseguição aos javalis. Nunca os encontraram. Cá para mim e como sempre disse: os javalis queriam beber...uma mini.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Deixai Vir A Mim As Crianças

Isto veio no DN de dia 2 de Outubro, na secção Sociedade.

A Cartilha de Rato Zinger / Beni 16-------

terça-feira, outubro 03, 2006

Olha A Bulitz !



E ao nº 4, finalmente, consegui ter acesso à revista Blitz!

Beyoncé na capa é de deixar logo um tipo com olhos esbugalhados.

Fala de:

The Kooks - uns moços imberbes que fazem umas musiquitas sem sal e são adorados pela imprensa do género. São a next big thing deste ano...mais uma.

The Killers - de Las Vegas mas com sabor british à la anos 80. Bate o pé, mastiga e deita fora.

Charlotte Gainsbourg - filha do Serge e da Jane Birkin, a dupla mais erótica da música pop. Je t´aime...mois non plus.

Elegem as 31 canções do mês de Outubro. Logo em 1º põem a Janet Jackson. Ok, então agora a tipa já é cool? Antes não passava de uma azeiteira atracada à fama do irmão Michael. Mudam-se os tempos...

Lá vem o Beck(longe do fulgor), uma nova dos The Who (ainda mexem?), Dylan (blues à Muddy Waters), Chico Buarque e, entre outros, os I´m From Barcelona, que curiosamente são suecos, com "Treehouse". Não entendo, mas não entendo mesmo, como é que ninguém por cá ligou patavina ao tema "We´re from Barcelona", que é um tema fantástico - a perfeita canção pop- e escolhem este. Será por terem um coro que remete para o de Sto.Amaro de Oeiras, ou por serem demasiado brincalhões para a seriedade indie e demasiado indie para a superficialidade mainstream? Não entendo nada disto.

Quanto a cinema temos M.Night Shyamalan - por acaso vi há dias "A Vila" e achei fantástico. Tal como o "Sinais" e o "O 6ºSentido". Para mim é um dos poucos realizadores que nos últimos anos tem ideias, criatividade, surpreende-me e mantém-me interessado e a disfrutar até ao the end. O que considero ser raro hoje em dia. Também não é fácil manter-me interessado em imagens durante 1 hora e meia ou até mais. Mas este Shyamalan consegue. Só pode ser bom. Tenho que ir ver o que estreou agora, "A Sra. da Água".

Syd Barrett - recentemente falecido, um génio que explodiu num par de anos e se eclipsou. Estados alterados para a memória. Bom artigo. E lembrei-me: por onde andará um certo disco meu(Opal), com gravações não incluidas nos 2 oficiais do Barrett, e que emprestei há uns anos não sei bem a quem, hum?

Miguel Ângelo - ...o dos Golfinhos, perdão, Delfins, esse mesmo! Apresentado com um mod - uma onda/moda inglesa de finais de 60 que adoravam Who, Kinks e Small Faces, vespas e lambretas. O tipo adora o Paul Weller, que foi quem recuperou este estilo com os The Jam (pós- punk), os Style Council (anos 80/soul music) e depois a solo. E isto tem seguidores por cá, com blogs e muita fantasia à mistura! Disto não sabia quase nada e aprendi umas coisitas. Foi a surpresa da revista.

Em destaque estão as exuberantes boazonas da r&b/mtv. Boas moças/moças boas. Riscar o que não interessa.

Entrevista aos R.E.M. - os rapid eye movement chegaram a deslumbrar-me por alturas do "fables of the reconstruction", mas depois do "Automatic for the people" (ano 91?) não aguentei mais. "Radio free europe" fica como uma das canções da minha vida. Filhos dos Byrds. Andam numa de retrospectiva da carreira. Os 1ºs anos valem a pena.

Há ainda um texto de Rui Pregal da Cunha, ex-Heróis do Mar; os tais que não podiam tocar a sul do Tejo porque eram vistos como fascistas. Incompreensões do fardamento. Ele fala elogiosamente sobre o programa a Roça dos Tachos (acho que é assim que se chama), daquele simpático cozinheiro de São Tomé que dá na RTP África.

E termina com um texto de Rui Reininho, discorrendo sobre uma capa antiga do Blitz da qual foi protagonista, onde se apresentava numa pose à meu, com cigarro ao canto da boca. Era 1 de Janeiro de 1985 e o pasquim da música custava 20 paus/20 marrecos. Era o único caracanhol que eu levava no bolso às terças.

Faz-se aqui uma ponte com as memórias dos primórdios do saudoso Blitz.

Portanto, quer dizer, a revista lê-se sem comichões, é bonita, em salas de espera funcionará bem, mas pouco nos diz que já não saibamos. Já lá vai o tempo em que não havia mais nada.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Um Single Perdido


Quando o verão durava 3 meses e eu ia passar largas temporadas para a aldeia, na beira-baixa, vinha malta de vários pontos de Portugal e não só, que se juntava aos da terra em intermináveis noitadas de copos, fumos e farras. Certa noite, já a Ti Barata queria fechar a taberna e pôr todo a gente na rua, foi feita uma canção com a letra em...latim, sim senhor em latim. Quer dizer uma espécie de latim.
O autor da letra foi um moço chamado Ricardo, vivia em Massamá ou Queluz, e ia lá de férias. Tornámo-nos bons amigos, até porque partilhávamos gostos musicais; aquilo a que na altura se chamava vanguarda (?) ou som-da-frente. Etiquetas, mas enfim...
O tema chamava-se "Penis Vaginatis Penetratis", e até se inventou um nome para a banda - SENOCAS SPACE BAND GANZA BUBAS-, que na verdade não existia, era só uma brincadeira que nos fazia rir até mais não. E então quando as velhotas ouviam aquelas palavras sem perceberem muito bem se aquilo eram mesmo palavrões, era o máximo. O que me consigo lembrar da letra é isto:

Penis vaginatis penetratis
Grossus penis arrebentatis
Conis feminis

E o refrão:

Avé José, Avé José
Avé José assim mesmo é que é

Lembrei-me disto quando fui parar a um site que permite fazer capas de discos de 45 e 78 rpm. Assim fiz a capa de um disco que nunca foi gravado e nem teve existência concreta. Passou da memória para existir visualmente.


O site é este:
http://www.says-it.com/

quinta-feira, setembro 21, 2006

Deambulações Xenófobas e Não Só

1)

«Leite francês apreendido em Portugal
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou esta quinta-feira a apreensão, na terça-feira, no Norte e Centro do país, de 10.217 litros de leite e de outras 2.861 unidades de produtos lácteos de origem francesa, noticia a agência Lusa.
De acordo com um comunicado da ASAE, os produtos lácteos apreendidos - com o leites, iogurtes e queijos - apresentavam «sabor e cheiros anormais», provocando, «segundo as queixas dos consumidores franceses, dores abdominais e diarreia».
2006/09/21 13:41 In Portugal Diário»


Não chegou terem-nos eliminado no último Mundial, ainda era preciso mandarem p´ra cá comida marada? Vão-se catar, franciús!
Se já pouco comia de coisas francesas, agora muito menos. Iogurtes é no Lidl e no Minipreço, que são bons e mais baratos.
E isto deve ser mais uma vingança por causa da Linda de Suza.

...............

2)

Uma velhota foi levantar dinheiro à Caixa e vinha pela rua a contá-lo. Veio um agarradinho, que tinha estado à coca, filou-lhe o maço de notas e bazou em passo de corrida.
Pelo menos foi assim que ouvi contar, eu e mais uns quantos.
Logo houve quem culpasse "esses romenos e ucranianos que andam p´raí a roubar". Embora se tratasse de um agarradinho de cá da terra.
As sementes foram lançadas.

..............

3)

Ao fim da tarde fui aos barcos esperar a minha special one e lá estava o Carrossel Mágico, envergando um casaco sujo com uns dizeres nas costas ("libertação-revolução-guerra civil") , manejando uns papéis e a dizer "vai fazer broches p´rá tua terra" e "princesas do broche..." e mais não sei quê, naquele seu jeito tão peculiar.
Este homem anda há anos a avisar, mas ninguém lhe liga.
Lembrei-me disto das princesas e fui ouvir (e ver o videoclip) a música "Me LLaman Calle" do Manu Chao, que é da banda sonora de um filme espanhol chamado..."Princesas". É sobre duas putas. No final do video aparece um diálogo entre elas, antes de atenderem os dois clientes que caminham um pouco à sua frente:
"Vais cobrar ao teu?"
"A este não. Nós não somos putas, somos princesas".
Delicioso. Tanto o diálogo como a música.

.............

4)

A escola começou há pouco mais de uma semana. O puto mais velho andou à porrada. Diz que foi rodeado no wc por três miúdos da outra turma que lhe chamaram nomes e o ameaçaram. Não teve outra saída senão dar um murro num deles. Ligaram da escola porque ele estava cheio de dores na mão e não conseguia escrever. Siga p´ró centro de saúde. Raio X. Não era nada de grave. Meia-hora de gelo três vezes ao dia.
Hoje o miúdo agredido veio falar com ele. Fizeram as pazes e ficaram amigos. Ainda bem.
Já dizia o alentejano da aldeia de Lombador, o sr. Zé Fernandes:
"Enquanto os miúdos não andarem à porrada não ficam amigos!".

...................

ThE EnD

segunda-feira, setembro 18, 2006

Ponto De Vista: O Estado de Israel Não Devia Existir

Fontes:
jewsagainstzionism.com/índex.cfm
Rense.com/

"O estado de Israel não está 'apenas' a transgredir as leis judaicas ao atacar os seus vizinhos – esse estado pura e simplesmente não devia existir".

O autor desta afirmação é o rabino judeu Yisroel Weiss, membro do movimento Jews United Against Zionism (Judeus Unidos Contra o Sionismo), numa entrevista à Fox.



«Neil Cavuto(jornalista): Rabino, essas são declarações muito fortes…

Rabino Weiss: Essa é a noção que foi transmitida durante os últimos 100 anos, quando o movimento sionista foi criado. O Sionismo transforma o Judaísmo como espiritualidade, uma religião, em materialismo, com um objectivo nacionalista de obter um pedaço de terra. Todas as autoridades rabínicas afirmaram que isso é a antítese do Judaísmo – expressamente proibido pela Torá porque nós vivemos em exílio por Deus.

Cavuto: Então, os judeus não deviam ter um estado? Não deviam ter um país? Não deviam ter um governo?

Weiss: Nós não devíamos ter um estado. Devíamos viver em todas as nações como cidadãos cumpridores, à semelhança do que fizemos durante dois mil anos, servindo Deus, emulando Deus com compaixão… Ao contrário do que as pessoas acreditam, de que isto é um conflito religioso, nós temos vivido durante centenas de anos no meio de comunidades muçulmanas e árabes sem quaisquer equipas da ONU a inspeccionar violações dos direitos humanos…

Cavuto: Rabino, deixe-me perguntar-lhe isto: a vida para os judeus era melhor antes da criação do estado judeu de Israel?

Weiss: 100% verdade. Nós temos o testemunho da comunidade judia, vivendo em harmonia na Palestina e em outras terras que, juntamente com o grão-rabino de Jerusalém, declararam às Nações Unidas que não desejavam um estado judeu, nós temos esses documentos. Os habitantes muçulmanos, cristãos e judeus foram ignorados na criação do estado de Israel…

Cavuto: Vocês podem não ter tido um país, mas têm sido molestados ou massacrados com o passar dos milénios, particularmente há cinquenta e sessenta anos atrás.

Weiss: Uma coisa é ser-se morto devido ao anti-semitismo, outra é hostilizar e criar o anti-semitismo através do Sionismo… ou, por outras palavras, bater na porta dos vizinhos e gritar anti-semitismo.

Cavuto: Eu sei que você é um judeu ortodoxo, mas o que é que os judeus tradicionais pensam dessa posição?

Weiss: A opinião generalizada dos judeus é que, na verdade, nós não deveríamos ter um estado. Mas, uma vez ele criado, muitos judeus acreditaram na propaganda sionista de que de que existe um ódio enraizado contra eles, e de que os árabes nos querem atirar todos ao oceano. É por isso que os judeus têm tanto receio em devolver a terra…

Cavuto: É algo compreensível, não é? Vocês têm o presidente do Irão a dizer que o Holocausto nunca aconteceu, e que se ele pudesse destruiria Israel e todos os judeus.

Weiss: Isso é redondamente falso. Ele tem uma comunidade judia no Irão e nunca os matou quando teve a oportunidade para tal…

Cavuto: Então, não acredita na sua afirmação de que ele irá tentar matar judeus?

Weiss: Ele pretenderia o desmantelamento do estado político de Israel. Na verdade, nós e um grande grupo de rabinos visitámos o Irão no ano passado, onde fomos recebidos pelos líderes religiosos e pelo vice-presidente – na altura Ahmedinejad [o presidente do Irão] estava na Venezuela –, e todos eles afirmaram inequivocamente que não têm nenhum conflito com os judeus.

Cavuto: Então acha que enquanto Israel existir, nunca haverá paz?

Weiss: Os judeus estão a sofrer, os palestinianos e os libaneses estão a sofrer… nós rezamos pelo desmantelamento rápido e pacífico do estado de Israel.

Cavuto: Rabino, é interessante que não seja habitual ouvir esse ponto de vista...»

quinta-feira, setembro 14, 2006

Minipreço



Caiu o tecto dum aeroporto em Espanha e foram atingidos 3 portugueses, turistas? Não, malta que anda a bulir no duro-obras. Estamos por todo o lado - todo o mundo está por todo o lado.

Escrevi Minipreço num papel e entreguei-o ao pedinte romeno. Obrigado e boa sorte para você e família, disse-me. Desejei-lhe o mesmo.

Setembro é aquela altura amarga do ano; acabaram as férias, começam as escolas, um gajo tem que pagar irs ao estado, onde manda um tipo de aspecto lavadinho chamado Sócrates - que eu adivinhei que ia ganhar as eleições ao ouvir dizer a 2 senhoras idosas que votavam nele porque era bonito e jeitoso - os dias ficam mais pequenos, o calor vai-se despedindo aos poucos, aparece aquela chuva engraçadinha e tudo isto é traumático para as pessoas, sejam elas fortes ou não.
Mas uma pessoa aguenta a bujarda.
A vida é difícil, sempre foi.

Feeling sonoro:
*Quinteto Tati. Tem uma doce melancolia que lembra estes dias.
*"Cien gaviotas" Duncan Dhu. Donde iran?

P.S. - Há 2 dias que não vou ao minipreço do bairro. Daí talvez o título da posta, estou com saudades.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Ver na 2:

O documentário "Loose Change", narrado e legendado em português, vai ser transmitido novamente, no canal 2 da RTP, na próxima quinta-feira, amanhã, às 24H00 (ou 00H00 horas de sexta-feira).


NOITES DA 2:
11 DE SETEMBRO: CONSPIRAÇÃO INTERNA – “LOOSE CHANGE”

terça-feira, setembro 12, 2006

Fora-de-Jogo


Já não é de agora que o futebol é um sítio mal frequentado. Eu pratiquei este desporto durante 8 anos, até a nível federado, e logo percebi uma coisa elementar neste mundo: Quem não tem padrinhos não vai a lado nenhum. Logo, as semelhanças com a máfia começam bem cedo, nas camadas jovens. É ver os papás ceguinhos com a ideia de o seu rebento vir a ser um ídolo, contas bancárias recheadas, carros topo de gama, vidas de luxo e fama, muita fama e a inveja dos outros; um verdadeiro orgasmo mental preenche estas mentes. Insinuam-se de todas as formas ao treinador, aos directores do clube, aos roupeiros, etc, para que estes ponham a vista no talento que ali têm à frente. Claro que, no meio de um maralhal de miúdos a correr atrás da bola, é impossível detectar todos os bons. Eu vi grandes jogadores que se perderam em competições decadentes de distritais e de bairro, sem nunca terem tido a devida atenção ou acompanhamento. Eu vi grandes toscos bem apadrinhados a conseguirem boas colocações em clubes melhores. Eu vejo imensos jogadores até em clubes de topo que não valem um chavo.
Era, é e será assim que as coisas acontecem. Mas o pior disto tudo são aqueles que apenas procuram um pouco de poder e protagonismo neste mundinho; sejam eles dirigentes, árbitros, treinadores, empresários. Arranjos e favores, códigos de linguagem próprios dos filmes, almoçaradas para se combinar, prostitutas para apimentar, há de tudo um pouco.

Eis alguns excertos deliciosos publicados na imprensa sobre os meandros dos favores e prendas a árbitros:

«…prendas recebidas: "Trouxemos um carregamento, Deus nos livre... que nem cabia na mala", descrevendo: camisas Ralph Lauren, camisolas Lacoste, calças Levis e caixas de vinho. Tudo para a equipa de arbitragem.

E terá recebido muitas "prendas" para a associação: uma arca congeladora, uma impressora e até obras, por parte da câmara local

"Ele gastou lá dinheiro como o caralho naquela merda, e isso ele ajudou-me, mas isso já foi à parte. A câmara foi só a mão-de obra, a areia... E não era, não estava contratado isso, mas ele, prontos, ele conseguiu desviar lá areia e tijolo, aquilo também é barato. (...) De resto foi tudo nós e está ali uma obra de luxo."

…aconselhou os avançados da equipa a procurarem o contacto físico com o adversário: "Ó pá, tens que te enrolar com ele, caralho! Não é encostares-te a ele e deitares-te." Chegou a dizer que anulou deliberadamente um ataque do Gandarela, assinalando fora-de-jogo: "Foi na horinha certa, pá! Pronto... Vamos ver o resto, na segunda parte."

Doze minutos que dei [período de compensação]. Nem assim."

O que eu queria era que me corresse bem o jogo, (...) que me corresse bem e que ganhasse quem ganhou."


…apanhado nas escutas a pedir favores a Valentim"

“A situação está normalizada”, diz a Federação Portuguesa de Futebol.»



Mas como é que não se fazem filmes sobre isto? Por onde anda o cinema português, que temáticas o caracterizam? Estão aqui diálogos riquíssimos, aliás uma das falhas do cinema de cá.
Mexam-se pá! Ponham os olhos nisto! Não tenham vergonha daquilo que somos!

Tanta matéria a explorar...

Enquanto praticante, não posso esquecer as cenas vivi: Um gajo do Paio Pires a dar uma cabeçada ao árbitro e chamar-lhe filho da puta, o Cabeça-de-Martelo a ser empurrado por um jovem do Corroios e a enfiar a cabeça no muro junto à linha lateral e a ser levado para o hospital inconsciente, os adeptos do Sesimbra que passavam o jogo a atirar pedras contra nós, um Moitense-Palmelense em que arremessaram um tijolo à cabeça do árbitro, uma facada num jogo de iniciados ali no campo do Santoantoniense, uma vez em Pegões em que esperámos 3 horas até a GNR aparecer, a expulsão de um massagista do Vila Chã que entrou no campo para assistir um jogador com uma camada de bagaço em cima (e era de manhã!) e com o cigarro aceso nos beiços, mulheres desnorteadas a verem os filhos jogar, esperas aos adversários, treinadores maricas, guardas de campo alcoólicos que batiam nas mulheres, prémios de jogo que consistiam em sandes de courato e sumol, chuteiras 2 números abaixo porque não havia dinheiro para mais, balneários sem água, um Rosmaninhal-Segura em que entrou um tipo com um mini pelo campo em pleno jogo, um campo na Arrentela em que a bola ia sempre parar ao cemitério e um gajo tinha que pedir a quem visitava as campas para fazer o favor de atirar a mesma, campos inclinados como um em Azeitão, eu sei lá que mais que agora não me ocorre.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Onde Estavas no 11 de Setembro?

Olha, eu estava no Algarve, mais exactamente na Praia da Rocha, e preparava-me para almoçar no apartamento que tinhamos alugado frente à praia. Eis quando ligo a televisão e aparece o orelhas da rtp a dizer que tinha havido um acidente; um avião tinha embatido numa das torres do World Tarde Center, em Nova Iorque, e via-se muito fumo a sair do edifício. Ainda não se falava em atentado, nem terroristas, nem nada disso. De repente, avista-se o outro avião que se atira contra a outra torre. Cá para mim pensei: Isto não é um acidente. Depois entrou-se numa espiral de loucura informativa, talvez a maior de sempre, numa tremenda confusão de relatos e de pontos de vista, imagens, corpos a saltar para o vazio da morte, muito fumo, o desmoronamento, mais fumo, lembro-me de que se falava em 10 mil mortes...
Um pouco mais tarde, ao sair para a rua, tinha o pressentimento de que viriam aviões em direcção às torres dos hoteis e todos seríamos destruídos por uma catástrofe jamais vista. Era o efeito overdose das notícias televisivas. Também pensava e comentava: como é que isto foi possível; como é que a nação mais poderosa do planeta não se soube defender, porque é que os sofisticados meios de defesa não abateram os aviões? Porque é que se limitaram a dizer que foram apanhados de surpresa? Isto não daria direito à demissão em bloco do governo e dos responsáveis da defesa e dos serviços de informações, sorvedores de avultadas quantias dos impostos dos cidadãos que deveriam cuidar de defender? O que é que se passou realmente?
Passado mais um tempo, volto à tv, e esta não parava de apresentar massivamente a imagem do rosto do mal, do culpado daquilo tudo: Osama Bin Laden. Quem era, de onde vinha, o que tinha feito, as suas ideias, onde estaria, os talibans, Afeganistão, islamismo, terrorismo, ódio ao ocidente, guerra, and so on...Ninguém podia questionar nada. Disseram que, por respeito às vitimas, não mostrariam mais imagens chocantes.Tudo bem. Só que, também não mostraram nem disseram mais nada que se desviasse da versão oficial; num mimetismo mediático que se prolongou por horas e dias, até anos. Até já via árabes terroristas à minha frente, tal era a sugestão com que nos bombardeavam. Logo disseram que isto era o princípio de uma longa guerra contra o terror, que se preparassem as próximas gerações para o que aí vinha. Medo, medo, medo, era tudo o que restava.

Hoje como ontem, as dúvidas persistem. Interessei-me pelo assunto, li cenas sobre o Bin Laden, o islão radical, o Thierry Meysan (Pentagate e a Grande Impostura), a dinastia Bush e as suas suspeitas ligações financeiras com supostos inimigos, cia, Afeganistão, serviços secretos, false-flag operations, Paquistão, financiamentos, depois veio o Michael Moore, muita gente começou a ter dúvidas, mas os mídia pouco questionaram, pouco investigaram, falaram sempre os mesmos, fizeram-se poucas perguntas incómodas..., é tudo muito labiríntico e nebuloso. Quanto mais parece que se sabe, menos se percebe realmente aquilo com que nos andam a tramar. Então é mais fácil não pensar demasiado sobre estas coisas, contentarmo-nos com o que nos informaram, e caso venha a ser necessário, aprovar medidas restritivas que nos protejam, supostamente, do terrorismo.

Na última Sexta-Feira, por volta das 23.30, deu na 2: um documentário muito bom: "Loose Change" de um tal de Dylan Avery, que questiona e informa mais em pouca mais de uma hora do que anos e anos de telejornais, imprensa, ou rádio. Como é que isto passou na rtp até é de admirar, quanto mais porque contraria completamente cinco anos de política noticiosa da tv do estado relativa a este assunto. Curiosamente, ainda não li/ouvi nenhum comentador(há tantos a dar bitaites) falar sobre o documentário, nenhuma noticia sobre o mesmo, nem uma curta que fosse, absolutamente nada. Silêncio. Silêncio. Valha-nos a internet, enquanto ainda é livre.

Eu acho que há vários tipos de posição sobre isto (coloco 4 mas podem ser mais):
1- Foram os do Bin Laden, logo extensivo aos árabes que são todos doidos fanáticos, bombas para cima deles;
2- Foram os do Bin Laden, mas vamos lá falar com uns tipos que o poderão influenciar a mudar de ideias e acalmar isto, se for preciso enviam-se uns dinheiros e tal;
3- Foram os do Bush, ajudados pelos da mossad israelita, que sacrificaram alguns cidadãos para aumentar o orçamento militar, controlar os recursos naturais, ganhar uma data de massa e enganar quase todo o mundo;
4- Os do Bush e os do Bin Laden trabalham em equipa.

Já me têm chamado maluco das conspirações, mas há coisas que não batem certo, como um Bóing ter embatido no pentágono e ter feito um buraco de cerca de 5 metros de largura, as janelas ao lado ficarem intactas, não haver destroços espalhados nas redondezas, os postes frente ao edifício ficarem de pé, o Rumsfeld manter-se calmamente o seu gabinete no lado oposto...Suspeita mais falada: foi um míssil. Origem: só poderia ser proveniente de uma base ou navio militar.
Outra: Nas torres os aviões provocaram os desmoronamentos e tudo ficou desfeito. Tudo. Tudo não; um passaporte de um terrorista ficou intacto entre os destroços. Só podem estar a brincar!

Quem morreu e sofreu perdas de familiares e amigos nesta tragédia merece que se saiba a verdade.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Foi Bonita...

Foi bonita a festa, pá !!



Avante -2 Set.06- Sábado à tarde-na companhia de gaiteiros e caipirinhas.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Tempos Modernos

Quem viajar para os EUA e pretenda levar umas garrafitas daquelas que se compram por exº nos duty free dos aeroportos, tire daí a ideia porque passou a ser proibido. É verdade, nem conhaque francês, nem uísque escocês ou irlandês, vinho do Porto, xerez da Andalusia, nada! Reminiscências da Lei dos anos 20, outravez? O lóbi religioso lá do sítio, para quem Bush é um missionário divino, aprova esta medida. No entanto, pode-se comprar e levar tabaco, para regozijo dos detentores das grandes plantações da Virgínia e da Carolina do Norte, também habituais financiadores destas poderosas seitas sugadoras.

Ao que consta, a entidade americana que vigia estas coisas ( Dept.of Homeland Security) considera que são armas potencialmente terroristas. Nem sequer um gel, uma água de colónia, um after-shave são permitidos. Quem precisar que os compre lá nos states.
Pois é, de restrição em restrição caminham para um estado policial, super vigiado, que desconfia dos outros, os estrangeiros, principalmente se forem árabes. A propósito, soube-se hoje, que um senhor foi impedido de viajar num avião porque usava uma t-shirt com uma frase em árabe. Isto tem resvalado para a loucura, com o terrorismo a ser invocado sempre que acham necessário apertar mais o controlo sobre as pessoas, ou quando há negócio à vista para alguns.

Entretanto, o grande Bob Dylan acaba de lançar um novo disco de estúdio, intitulado “Modern Times”, que não sei se aborda estas questões que estão a minar a liberdade e a sã convivência futura do seu país com o resto do mundo e mesmo entre portas. Ainda não ouvi, mas já li opiniões que o dão como obra-prima e outras que dizem que é mais do mesmo; ou seja, musicalmente é folk-blues-rock, e as letras tanto podem estar a falar de tudo como de nada, depende de cada um. Por acaso, a 2: exibe esta noite (23h.15m) o filme “No Direction Home”, que o Martin Scorsese fez sobre o homem. A não perder, claro!

Mais:
Aproxima-se a Festa do Avante e, após ter perdido as últimas edições, estou (estamos!) de volta para curtir a alegria que a mesma sempre me fez sentir das vezes que lá fui. Vou mais controlado, pois claro, já não é como aquelas idas a Loures a dormir encostado às tábuas, ou com cinco marmanjos fedorentos numa tenda para dois, em que os pés ficavam de fora, não se tomava banho durante três dias e chegava-se ao Barreiro com a roupa castanha da poeira e a cheirar mal como um cavalo. Nada disso. Há outras formas de curtição e contamos encher bem o papo! Queria ver os Babylon Circus e o Godinho, mas tocam no Domingo e para nós não dá. Assim, não vamos perder os Gaiteiros de Lisboa, os Led On (tributo aos Led Zeppelin) e os Xutos (que não vejo há anos), o resto depois logo se vê o que acontece…

E Agosto já se acabou.

Understand / Percebes?




quarta-feira, agosto 30, 2006

Back in the USSR


Um pouco de História

Uma viagem musical à defunta União Soviética

Varshavyanka

Katyusha

Прощание Славянки

Proshaniye Slavyanki

Гимн СССР

Posters

Discursos
e outros

terça-feira, agosto 29, 2006

Coisas que se dizem por aí

Coisas que se dizem por aí...
Coisas que se ouvem por aí...

Na capa de uma revista anuncia-se que a Marina Mota e o Oceano estão separados. Alguém faz este comentário:
" Olha, a Marina Mota separou-se do Oceanário!?".

Uma outra pessoa que estava ao lado lança também o seu bitaite:
" A culpa disto é das relações sexuais..., ah pois é!, vão logo para a cama e fazem sexo sem amor a torto e a direito, andam naquelas vidas das discotecas e das festas...se fosse eu a mandar
acabava com essas discotecas, e com os cafés..., também acabava com os cafés, porque só servem é para desgraçar a juventude, valha-nos Deus-Nosso-Senhor!".

Deve ser por estas e por outras que Deus se abstém nestes assuntos tão terrenos, deixando-os para os mortais se entreterem.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Dillinger, 7 Estrelas ou Testa Rachada



Na imagem ao lado está uma foto de John Dillinger, famoso americano assaltante de bancos. Isto a propósito do falecimento de um português, que se apresentava sempre de óculos escuros e a quem deram precisamente a alcunha de...Dillinger, mas também lhe chamavam Sete Estrelas ou Testa Rachada.

Vitorino da Piedade Nunes foi introduzido nas andanças do crime pelo próprio pai, que o obrigava a roubar, quando ainda frequentava a escola primária. Aos 11 anos foi preso pela primeira vez, a pedido da própria mãe, que pensava ser esta uma forma de o moço se emendar. Só que não resultou. Com 14 anos já tinho sido preso 25 vezes e contava com várias fugas de casas de correcção. Também na tropa teve problemas, foi preso e expulso.

Conheceu quase todos os estabelecimentos prisionais do país e mesmo os de Santo Antão e do Tarrafal, em Cabo Verde.

Granjeou fama e foi considerado como o Rei das Evasões.

No seu currículo constam acusações de assaltos à mão armada, homicídios, roubos, burlas, falsificação, lenocínio, violações, etc.

Nos últimos anos, apesar de meio retirado da vida malvada, ainda explorou uns estabelecimentos de alterne.

Num velho caderno que guardava religiosamente, Dillinger compilou mais de 300 truques, com dicas sobre como abrir fechaduras, esconder objectos furtados, assaltar bancos, simular suicídios e muitos mais, como por exemplo:

O Truque da Pastilha Elástica - O ladrão entra na ourivesaria e pede para ver uns anéis ou uns fios e, discretamente, cola uma pastilha elástica debaixo do balcão. Depois aproveita uma distracção do vendedor e cola a peça a roubar na pastilha. Quando o outro dá por falta da peça, chama a polícia e acusa o suspeito, que é revistado mas nada é encontrado na sua posse. Depois, entra um cúmplice na loja para mandar arranjar um relógio e, sem dar nas vistas, retira a peça.

Faleceu dia 10 de Agosto, aos 68 anos.

sábado, agosto 05, 2006

Arthur Lee

Ainda ontem fui ouvir um disco que não ouvia há algum tempo, o Forever Changes, dos LOVE (1967), um dos melhores pedaços de música que tive oportunidade de saborear, um dos discos da minha vida.
Pois hoje, assim que vi a capa do Público, lá vinha a notícia da morte de Arthur Lee (1945-2006). Foi leucemia, dizem. Ao que consta, morreu quase sem meios financeiros para pagar a conta do hospital.
Teve uma carreira irregular. Após a saída da obra-prima (Forever Changes), andou desaparecido das lides musicais, mais virado para problemas com drogas, armas, prisão, indigência...
Em 2002 reabilitou os LOVE para uma triunfal digressão, que até passou pelo Sudoeste, mas... sem o próprio ter aparecido, pelo que a banda acabou por tocar mesmo sem o líder.

Fizeram 3 álbuns:
Love
DaCapo
Forever Changes

Quando terminou o Forever Changes, disse numa entrevista que pensava morrer logo a seguir. Tinha escrito o seu epílogo.

"Sitting on a hillside
Watching all the people die
I'll feel much better on the other side."
(do tema Red Telephone)

sexta-feira, agosto 04, 2006

Pro-Test Singer

Um cantor de protesto que protesta contra os desfavorecidos...

Um moralista acérrimo defensor dos mais retrógrados ideais é idolatrado e seguido...

Uma cruzada contra a droga de alguém que enriqueceu por causa dela...

Um Robin dos Bosques invertido...

Manobras de diversão tipo CIA que fazem vencer eleições...

Todos os críticos são perigosos comunistas inimigos dos USA...

Os media encenam o seus números de circo, os seus donos são poderosos milionários, intocáveis porque detêm os meios de desinformação, gananciosos e galardoados pela sociedade, a qual não entende que é constantemente manipulada e vigiada...

Um inimigo sempre à mão para servir em qualquer ocasião...Um Bin Laden, um Saddam, e milhões dos contribuintes que são ludibriados para apoiar uma guerra distante contra um novo Hitler criado por encomenda para justificar o orçamento militar...o Conselho Nacional de Segurança manda mais do que os eleitos e não presta contas a ninguém...

As referências dylanianas distorcidas (the times are a changing back , bob on bob,...) que servem a intolerância, a mentira, o sonho americano é ser mais rico que o vizinho sem olhar a meios, o roubo como sistema de valor e por aí fora...os fracos não contam, são silenciosos e nada põem em causa...

The show must always go on!

Claro que tudo isto não acontece na vida real (fiquem descansados!), mas apenas num filme que acabei de ver: "Bob Roberts", com um Tim Robbins fabuloso que realizou, escreveu o argumento e protagonizou.

Podemos dormir na paz do senhor.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Listas

Lista de devedores ao fisco.
Que treta é esta?
Uma governação tipo mercearia ou peixaria de bairro?
Nem o Norberto se lembraria desta!

Mais um passo para o fim das liberdades.

Ai Portugal, hoje és nevoeiro...

quarta-feira, julho 26, 2006

O Chefe Recomenda...



Tomates com atum.

Eis o meu repasto preferido no Verão.

Leva tomates e uma lata de atum. Junta-se sal e cebola, tempera-se com azeite e vinagre e oregãos por cima. Acompanha bem com vinho branco, verde ou mesmo cerveja.

É de comer e babar por mais.

Até junto uma fotografia do último que fiz. Nhaaam!!

quinta-feira, julho 20, 2006

3 propostas sonoras

África...Portugal...Som...Kuduro...Hip-Hop...Vibrações...Electro...Multiculturas...Cores...Macacos...
Aqui...Agora...Dança...Lx...Mundo...Suor...Corpo...
Máquinas...Cruzar...Criar...1.2.3.4...a Curtir!!!

Conjunto Ngonguenha (Angola) Ouvir...

Buraka Som Sistema (From Buraca para o mundo) Ouvir...

Macacos do Chinês (Amadora/Aveiro/Cabo Verde) Ouvir...

quarta-feira, julho 19, 2006

O Crava



...esse espécimen da fauna urbana nacional que é o crava.

O crava é um tipo simpático. Gosta de conviver e de fazer amizades. Ajuda velhinhas a carregar sacos de compras, bilhas de gás, a atravessar passadeiras- que como sabemos são muito perigosas, presta-se a chamar um táxi, a orientar uma manobra de estacionamento, e por aí fora. Adora fazer favores e espera ser recompensado. Pode ser uma moedita, um cigarrito, uma bica, ou qualquer coisa para trincar (os bolos estão no top das preferências).

O tipo chega de mansinho e mete conversa de circunstância. O futebol resulta sempre. Concorda sempre com o seu interlocutor, ganhando assim a sua simpatia. E, no momento certo, logo crava um cigarrito. A primeira vez é a que custa mais. A partir daqui, com a situação desbloqueada, é sempre a cravar. Sempre que aparece crava. Lá faz o seu favor da ordem, mas sempre com o pensamento na recompensa. Torna-se imprescindível e o cravado arrota. É uma troca. Ele oferece os seus serviços e os outros pagam. Só que, passados uns dias aquilo começa a parecer obrigação e o cravado, já farto, quer ver-se livre do tipo. Só que não é fácil. Nem pode ser de uma forma abrupta. Há que ir preparando o crava para o fim do cravanço, não vá o gajo passar-se e sabe-se lá do que um maluco é capaz quando se passa dos cornos. Um gajo começa por dizer que “isto ´tá mal”, “estou a deixar de fumar”, “ando mal disposto com os cafés”, e por aí fora. Assim o crava vai concordando, começa a magicar maneiras de arranjar outro tipo para cravar, já só aparece esporadicamente, até que consegue outro que lhe sustente o cigarro, a moeda e a bica.

No que se refere à moedita, há quem consiga convencer incautos com os mais variados argumentos:
- A mãe gravemente doente a precisar de medicamentos;
- O leite para a criancinha que hoje ainda não comeu (há dois anos que espero pelos 10 euros que emprestei a um gajo conhecido de infância e que ficou de pagar no dia, jurava ele pela saúde da filha);
- Faltam 50 cêntimos para o bilhete;

Agora há coisa de dias, apareceu-me um tipo que eu nunca tinha visto. Estendeu a mão para me cumprimentar, deu os bons dias e então tudo bem? naquela de meter logo conversa e ganhar a confiança. A seguir saiu-se com esta:
- Eh pá, desculpe lá, mas você na sexta-feira enganou-se aí no troco que me deu.
Como assim? Perguntei-lhe eu para que se explicara e para me dar tempo de perceber melhor se ele me queria enganar. A seguir o tipo diz que tinha pago 2 maços de português com 20 euros e que eu lhe tinha devolvido só 4.50 euros de troco, faltavam 10 euros. Então, eu digo-lhe:
- Olhe, se eu não me lembro de alguma vez o ter visto na minha vida, como é que lhe vendi 2 maços de tabaco?
- Não se lembra?, diz ele, estive aqui com a minha filha pequena e tudo…olhe que é verdade, você enganou-se, veja lá isso… Depois eu disse:
- Olhe o senhor devia ter verificado o troco na altura, agora não lhe posso fazer nada…se eu devolver dinheiro a cada um que me aparecer aqui a reclamar vou à falência rapidamente, não acha? A seguir o tipo foi-se embora, dizendo para eu ver melhor que depois passava por lá mais tarde.
Até hoej não o voltei a ver.


É certo que há vários géneros de crava, mas este último foi uma novidade para mim. Já me tinha aparecido com pinta de janado, vinha com uns phones nos ouvidos e que me perguntou por pilhas. Quando disse o preço, o tipo pediu para o deixar levar logo as pilhas, que ia a casa buscar o dinheiro. Eu disse-lhe, então vai primeiro a casa buscar o dinheiro que depois levas as pilhas. Era para ir já a curtir um granda som! Eu juro que venho cá pagar! Nada feito. Não cedi.


Cada crava desenvolve a sua especialização, formas de abordagem e locais de cravanço.
Veja-se os arrumadores de carros com os seus locais e horários previamente definidos, e ai de quem ousar tomar-lhes o lugar. Dá logo espiga. Isto é uma espécie de licença não escrita, que os habilita a explorarem determinado local, a determinadas horas, e mais ninguém está autorizado a fazê-lo. Cada um tem um espaço concessionado e mais nada. Devido ao desrespeito por esta norma já vi cenas de porrada da grossa, com naifas e pedras de calçada ao barulho.


Também há o crava itinerante. É aquele não tem poiso certo. Vai vagueando. Dá sempre a sensação que vai muito apressado e cheio de afazeres, mas é só encenação. Ao se cruzar com uma pessoa faz cara de enjoado e/ou adoentado e crava. Só custa o primeiro, porque a partir dali e quase sempre à mesma hora lá vem ele ao mesmo. Os tipos fixam os horários, as rotinas dos outros e o que mais for preciso só para lhes cravarem qualquer coisa.

Depois há o crava arrogante. Primeiro faz um voz meiguinha e pede a moeda. Se não derem, volta as costas e vai-se embora a rogar pragas e a chamar nome feios às pessoas. Desta forma vai perdendo clientela, mas é o seu mau feitio a funcionar e não há nada a fazer.

Há ainda o crava de ocasião. Não é propriamente um profissional, não é o seu modo de vida, por assim dizer, mas como não compra tabaco vai cravando aqui e ali. É bem capaz de estar ali uma meia-hora na palheta e, depois de apalpar os bolsos e nada encontrar, pede desculpa e “desenrasca-me lá aí um cigarrinho, s.f.f., que me esqueci dos meus!”.

Certa vez fui abordado por um individuo, a quem eu conheci-a só de vista, e que me pediu 5 euros emprestados para ir ao Intermarché, e que ficasse descansado que logo à tarde já tinha dinheiro e pagava-me. Recusei e, perante tanto insistência, aconselhei-o a fazer as compras à tarde, uma vez que já teria dinheiro nessa altura.

Agora conheci um tipo que se diz vindo da Bulgária e que costuma estar à porta do Minipreço da rua Bartolomeu Dias, mas que também faz a Igreja de Sta.Maria aos domingos. Queria que eu lhe carregasse o telemóvel, mas eu não tinha forma de o fazer e aconselhei-o a ir a um café. Respondeu que não lhe carregavam o aparelho se não consumisse e ele não tinha dinheiro…mas tinha telemóvel (!?).

Não me posso esquecer de mencionar aqui o Tonho Cigano, que bate metade da rua dr.Manuel Pacheco Nobre e controla a zona do talho do Lino. Várias vezes me desenrascou e várias vezes me cravou. O pior é quando bebe demais. Cada vez que isso acontece há merda. Anda à porrada por dá cá aquela palha, diz que vai ao Lavradio desenterrar uma pistola e mata alguém, insulta tudo e todos e às vezes vai acabar no hospital, de onde se pira assim que se pode ter em pé.
O arrumador do Intermarché, cuja estratégia passa por subir a perna da calça e exibir uma ferida nojenta que dá vómitos e pedir uma moeda para comprar medicamentos para curar aquilo. E o Tonho Maluco, sempre vestido com a farda azul da câmara, onde em tempos terá trabalhado. Este não me crava, mas às vezes pago-lhe um café. A sua vocação é a porta da Igreja de Sta.Maria e cemitérios em dias de mais movimento. Posso afiançar que o tipo tem manhãs de Domingo em que faz 25/30 euros sem se chatear. Depois, guarda uma parte e o restante vai gastá-lo com putas agarradinhas. E é tudo o que o Tonho precisa para viver. Paga 70 euros por mês para ir comer à Misericórdia e se não é feliz, parece.

É um modo de vida e, além do mais, cravar não é roubar.

terça-feira, julho 18, 2006

O Canto da Sereia

Em pleno carnaval baiano, enquanto actuava em cima do trio eléctrico para uma multidão extasiada, a mais famosa cantora pop é assassinada. Chamava-se Sereia. Suspeitos: Todos.

Está assim dado o mote para a entrada em campo do detective Agostinho Matoso, mais conhecido por Augustão, que ao longo de uma semana alucinante nos transporta através de uma Baía fervilhante, com os seus curiosos personagens e situações: uma poderosa mãe-de-santo, uma estrela da música com ascensão meteórica, polícias que vendem informações, lutas políticas, os meandros do mundo do espectáculo, piratas informáticos, sexo, droga, álcool e toda uma cidade extravagante que nos é dada a conhecer.
De surpresa em surpresa até ao desvendar do mistério, tudo vai ser vasculhado pelo investigador Augustão (especializado em casos de adultério), com a preciosa ajuda do seu computador, ou recorrendo aos métodos mais imaginativos e ilegais. Para além do mais, ele também é jornalista, usando o pseudónimo de Lucas Barbosa, e inspira-se nas próprias investigações que leva a cabo, ou então inventa histórias.

Um verdadeiro deleite, um livrão passado na era do candomblé high-tech.

O livro é de 2002, tendo saído por cá em 2005, pela editora Palavra.

O autor, Nelson Motta, é tudo e mais alguma coisa. Escritor, jornalista e produtor musical, é autor de músicas como DancingDays e Coisas do Brasil. Conviveu de perto com alguns dos maiores nomes da MPB – de João Gilberto a Chico Buarque , de Edu Lobo a Tom Jobim .
Trabalhou com Marisa Monte, Daniela Mercury , Elba Ramalho, Gal Costa, Elis Regina, Simone e Leila Pinheiro.
Conheci-o através do programa Manhattan Connection que dava no canal GNT.

quinta-feira, julho 13, 2006

Nós Daqui e Vós Dali



Mais uma bela foto aqui do je.

Banda sonora:

"Nós daqui e vós dali"

Gaiteiros de Lisboa

terça-feira, julho 11, 2006

Syd Barrett

1946-2006

O Syd Barrett morreu. Tinha 60 anos.

Um dos fundadores dos Pink Floyd.

Gravou 2 discos a solo.

Mas ele já não andava por cá há muito tempo.

Tinha partido numa viagem sem regresso.

Há muito tempo.

Paz à sua alma.

Avenida da Praia




Armei-me em fotógrafo e acho que não me saí nada mal.

Não foi como daquela vez em que saiu uma máquina pela assinatura da revista Time (ou teria sido a Newsweek?), fui para o Porto passar um fim-de-semana, fartei-me de tirar fotos e só na 2ª Feira quando ia tirar o rolo para mandar revelar, verifiquei que, pura e simplesmente, não havia rolo nenhum.

E também não foi como daquela vez em que pedi à minha namorada uma máquina xpto, com objectiva e zoom e mais não sei, fui para Castro Verde e Mértola tirar belas fotos às cegonhas e aos seus ninhos, vim de lá entusiasmado com a cena e quando chego ela diz-me que o rolo que eu tinha usado era só para tirar fotografias de noite.

A partir daí deixei-me disso.

segunda-feira, julho 10, 2006

Tá Bem Melgas!

Quer-se dizer..., há quatro anos, no Mundial da Coreia-Japão, o nosso João Pinto foi crucificado e corrido da selecção porque deu um encosto de mão num árbitro...e ontem o Zidane dá uma cabeçada a um italiano, de fazer inveja ao João Matateu, e é eleito como o melhor jogador?! Eu queria ver se o gajo fosse tuga aquilo que iriam dizer e fazer ao morcão. Ah, é verdade, o tipo tem um contrato com a Adidas para os próximos anos, e apesar de ter arrumado as botas, vai continuar a encher os bolsos.

É claro que se trata de um grande jogador, isso não contesto, mas aquilo não se faz!

Mais, os franceses não se cansaram de dizer que nós simulamos faltas, somos sarrafeiros, e somos feios, porcos e maus. No entanto, Portugal não ganhou nenhum penalti por simulação e a França teve dois, como o de ontem, numa jogada em que o italiano encolhe a perna para evitar o contacto, mas o espertalhão do champignon atira-se para a piscina e o árbitro faz-lhe a vontade.
E depois o Cristiano Ronaldo é que era fiteiro. Eles estavam era cagados de medo de passarem pela vergonha de eventualmente perderem com o país dos empregados de mesa, das limpezas e da confecção de baguetes. Teria sido uma grande vergonha para eles perderem com o país da Linda de Suza! Nunca mais se recuperavam do trauma!

Gostei de ver os spaguettis a ganhar a taça e acho que ontem foram melhores, apesar de terem ganho à Austrália, nos oitavos, com um penalti inventado por um árbitro espanhol, aos 95 mns de jogo!? Mas ontem mereceram.

Assim, a classificação final ficou da seguinte forma:
1º Itália Puma
2º França Adidas
3º Alemanha Adidas
4º Portugal Nike

Ora deu-se aqui uma oportunidade à Puma, para não ser sempre a Nike e a Adidas a comerem a maior fatia do bolo.

A equipa que mais gostei de ver jogar foi a Argentina, mas durante a fase grupos, porque depois entraram naquela lógica defensiva e de jogo pastelão e foi o que se viu: foram eliminados pela Alemanha. Também gostei de ver o Togo e acho que mereciam ter ido mais longe.

Por agora chega. Vou tirar o futebol da minha cabeça durante uns tempos, porque isto foi uma overdose de bola até mais não...foi demais! Adeus redondinha, até mais ver! Pum! Zás!Daaa-se!!

Isto Anda...

Isto anda uma bela merda!
Não consigo juntar imagens.

quarta-feira, julho 05, 2006

Arranja-me um Campeonato do Mundo, S.F.F!

Agora que perdemos - mais uma vez estivemos quase - e a grande ilusão deste carnaval fora de época terminou, temos que encontrar culpados para expulsar a imensa desilusão que sentimos. Há já alguns dias que os brasileiros sentiram o mesmo, embora nós tenhamos jogado um pouco melhor.

Pois tem circulado pelo Brasil, pela net e não só, um texto que aqui deixo para culparmos os mafiosos da Fifa, e das marcas que enchem os bolsos à conta dos amantes de um jogo belo e fascinante, mas que está podre...

"Falando em Copa, repasso esta mensagem que está circulando pelo Brasil...
Depois de lida, cheguei à conclusão que venderam-se de novo, que aquele joguinho sem-vergonha de ontem fazia parte dos obscuros acordos de 98.. O que o Chirac fazia ali? E o Zidane caindo na gargalhada de felicidade antes mesmo do jogo começar? Porque o Parreira estava tão sereno? Mas o povo não é mais tão otário como antes. Manchete do Globoonline: Jogadores do Brasil desembarcam em SP sob gritos de 'vendidos', 'traidores' e 'mercenários'.
Por isso é bem difícil que Portugal ganhe. O campeão pra mim será um dos patroes da UE: França ou Alemanha. A Copa virou jogo de cartas marcadas, gente! A ultima e unica vez que o Brasil foi campeão na Europa foi em 1958!!!.

o Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa.

Os jogadores titulares brasileiros [em 1998, França] foram avisados, às 13:00 do dia 12 de Julho (dia do jogo final), em uma reunião envolvendo o Sr. Ricardo Teixeira (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o Técnico Mário Zagallo, o Sr. Américo Faria, supervisor da seleção, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike.
Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel. A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o penta-campeonato mundial por sediar a Copa do Mundo. A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$ 400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) através da empresa Nike.
Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o próprio Ronaldo, Raul da Espanha, Batistuta da Argentina e Roberto Carlos, também do Brasil.
Mesmo assim, Ronaldo se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Zagallo a escalar o jogador Edmundo, dizendo que Ronaldo estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13:30 no centro de imprensa) e, logo depois, às 14:15, alterando o prognóstico para problemas estomacais). A sua situação só foi resolvida após o representante da Nike ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US$90.000.000,00 (noventa milhões de dólares) ao longo da sua carreira.
Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante o 'Golden Goal' (prorrogação com morte súbita), porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a França, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols.
O Sr. Joseph Blatter, novo presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à França num momento das mais altas taxas de desemprego jamais registradas naquele país, que serão agravadas pela recente introdução do euro (moeda única européia) e o mercado comum europeu (ECC). Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, João Havelange, que o Brasil terá seu caminho facilitado para o penta-campeonato de 2002.
Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!"

búúúúúú...!

Os franciús cheiram mal e são panilas!

sexta-feira, junho 30, 2006

Amantes na Casa Branca?



Vem na capa do tablóide americano "The Globe": Bush e Condoleeza Rice andam envolvidos não só politicamente, mas também sentimentalmente.

A Casa Branca já negou a história. E parece que a esposa do homem mais poderoso do mundo, a sra.Laura Bush, já está ao corrente de tudo e terá até pernoitado num hotel de Washington, após ter confrontado o marido sobre o assunto... a carne é fraca, todos o sabemos.

Aqui há uns anos foi um fartote com o caso do Clinton e da Mónica. Agora com estes conservadores e defensores da moral e dos bons costumes a governar como é que vai ser? Será verdade? Continuará a maioria dos média a dar cobertura ao Bush e aos seus amigos da onça?

Que nome darão ao caso, Condigate...?

Aguardemos...

Isto até me dá vontade de rir!

Ah! Ah! Ah!

quinta-feira, junho 29, 2006

Leituras ao Sol

Pois bem, acabaram-se as férias...por agora, e voltamos à normalidade e à rotina, mas com as forças quase recuperadas, que isto ainda leva uns dias a entrar na cena. Aliás, nem se deve entrar logo a matar porque uma pessoa pode ficar traumatizada para o resto da vida!

Outras virão e vai disto que é festa!

Li dois bons livros nestas férias:

"Sahara" de Michael Palin
"Alamut" de Vladimir Bartol

O primeiro relata as viagens do autor pelo grande deserto do planeta, acompanhado pela sua equipa da BBC para gravarem precisamente uma série de programas que passaram na 2: e, acho eu, no People & Arts. Algumas partes reconheci logo porque já tinha visto nos programas, enquanto que a maior parte me eram totalmente desconhecidas.
Comprei-o no aeroporto um pouco antes de apanhar o avião e bem que valeu a pena!
O livro é tão absorvente, que me imaginei eu próprio a calcorrear aquela imensidão à descoberta dos cheiros, sons, pessoas, cores, e a sentir o calor e o frio...Apenas na parte referente à Tunísia é que eu tinha experimentado os lugares referidos pelo Michael Palin, como por exemplo os locais onde foram gravadas cenas do filme "A Vida de Brian". Aliás, já na altura em que lá estivemos nos disseram logo que lá tinham gravado o filme, bem como cenas da "Guerra das Estrelas" e de outros que não recordo. Claro que temos fotos que comprovam que estivemos lá.
Bom, acabei o livro mas fiquei com vontade de o voltar a ler, porque fiquei com a sensação de ter escapado tanta coisa ainda por descobrir. Mas o livro deixou-me foi uma grande vontade de ir a alguns dos locais mencionados...isso é que era do baril!




O segundo livro, conta a história da célebre seita dos Assassinos e do seu líder carismático, Hassan Ibn Saba. Passado no ano 1000 d.c., ao tomar o castelo de Alamut, situado nas montanhas onde hoje é o Irão, desenvolve um grupo de fanáticos que estão dispostos ao martírio na guerra santa contra os turcos seljúcidas que governam o Irão e que obedecem cegamente aos mandamentos do seu líder. Este treina um grupo de soldados mártires, oferece-lhes haxixe e mulheres, e escolhe alguns deles que ficam com a ilusão de terem estado uma noite no próprio paraíso. Este ideia espalha-se rapidamente e consegue manipular milhares de fiéis que aderem à causa ismaelita (um ramo do xiismo) e vão combater todos os seus inimigos com a promessa de que assim cumprem uma missão divina que os levará aos prazeres do paraíso. Uma ideia bastante actual.

domingo, junho 11, 2006

Férias



DE FÉRIAS

Como os burros

Até Breve