quarta-feira, julho 26, 2006

O Chefe Recomenda...



Tomates com atum.

Eis o meu repasto preferido no Verão.

Leva tomates e uma lata de atum. Junta-se sal e cebola, tempera-se com azeite e vinagre e oregãos por cima. Acompanha bem com vinho branco, verde ou mesmo cerveja.

É de comer e babar por mais.

Até junto uma fotografia do último que fiz. Nhaaam!!

quinta-feira, julho 20, 2006

3 propostas sonoras

África...Portugal...Som...Kuduro...Hip-Hop...Vibrações...Electro...Multiculturas...Cores...Macacos...
Aqui...Agora...Dança...Lx...Mundo...Suor...Corpo...
Máquinas...Cruzar...Criar...1.2.3.4...a Curtir!!!

Conjunto Ngonguenha (Angola) Ouvir...

Buraka Som Sistema (From Buraca para o mundo) Ouvir...

Macacos do Chinês (Amadora/Aveiro/Cabo Verde) Ouvir...

quarta-feira, julho 19, 2006

O Crava



...esse espécimen da fauna urbana nacional que é o crava.

O crava é um tipo simpático. Gosta de conviver e de fazer amizades. Ajuda velhinhas a carregar sacos de compras, bilhas de gás, a atravessar passadeiras- que como sabemos são muito perigosas, presta-se a chamar um táxi, a orientar uma manobra de estacionamento, e por aí fora. Adora fazer favores e espera ser recompensado. Pode ser uma moedita, um cigarrito, uma bica, ou qualquer coisa para trincar (os bolos estão no top das preferências).

O tipo chega de mansinho e mete conversa de circunstância. O futebol resulta sempre. Concorda sempre com o seu interlocutor, ganhando assim a sua simpatia. E, no momento certo, logo crava um cigarrito. A primeira vez é a que custa mais. A partir daqui, com a situação desbloqueada, é sempre a cravar. Sempre que aparece crava. Lá faz o seu favor da ordem, mas sempre com o pensamento na recompensa. Torna-se imprescindível e o cravado arrota. É uma troca. Ele oferece os seus serviços e os outros pagam. Só que, passados uns dias aquilo começa a parecer obrigação e o cravado, já farto, quer ver-se livre do tipo. Só que não é fácil. Nem pode ser de uma forma abrupta. Há que ir preparando o crava para o fim do cravanço, não vá o gajo passar-se e sabe-se lá do que um maluco é capaz quando se passa dos cornos. Um gajo começa por dizer que “isto ´tá mal”, “estou a deixar de fumar”, “ando mal disposto com os cafés”, e por aí fora. Assim o crava vai concordando, começa a magicar maneiras de arranjar outro tipo para cravar, já só aparece esporadicamente, até que consegue outro que lhe sustente o cigarro, a moeda e a bica.

No que se refere à moedita, há quem consiga convencer incautos com os mais variados argumentos:
- A mãe gravemente doente a precisar de medicamentos;
- O leite para a criancinha que hoje ainda não comeu (há dois anos que espero pelos 10 euros que emprestei a um gajo conhecido de infância e que ficou de pagar no dia, jurava ele pela saúde da filha);
- Faltam 50 cêntimos para o bilhete;

Agora há coisa de dias, apareceu-me um tipo que eu nunca tinha visto. Estendeu a mão para me cumprimentar, deu os bons dias e então tudo bem? naquela de meter logo conversa e ganhar a confiança. A seguir saiu-se com esta:
- Eh pá, desculpe lá, mas você na sexta-feira enganou-se aí no troco que me deu.
Como assim? Perguntei-lhe eu para que se explicara e para me dar tempo de perceber melhor se ele me queria enganar. A seguir o tipo diz que tinha pago 2 maços de português com 20 euros e que eu lhe tinha devolvido só 4.50 euros de troco, faltavam 10 euros. Então, eu digo-lhe:
- Olhe, se eu não me lembro de alguma vez o ter visto na minha vida, como é que lhe vendi 2 maços de tabaco?
- Não se lembra?, diz ele, estive aqui com a minha filha pequena e tudo…olhe que é verdade, você enganou-se, veja lá isso… Depois eu disse:
- Olhe o senhor devia ter verificado o troco na altura, agora não lhe posso fazer nada…se eu devolver dinheiro a cada um que me aparecer aqui a reclamar vou à falência rapidamente, não acha? A seguir o tipo foi-se embora, dizendo para eu ver melhor que depois passava por lá mais tarde.
Até hoej não o voltei a ver.


É certo que há vários géneros de crava, mas este último foi uma novidade para mim. Já me tinha aparecido com pinta de janado, vinha com uns phones nos ouvidos e que me perguntou por pilhas. Quando disse o preço, o tipo pediu para o deixar levar logo as pilhas, que ia a casa buscar o dinheiro. Eu disse-lhe, então vai primeiro a casa buscar o dinheiro que depois levas as pilhas. Era para ir já a curtir um granda som! Eu juro que venho cá pagar! Nada feito. Não cedi.


Cada crava desenvolve a sua especialização, formas de abordagem e locais de cravanço.
Veja-se os arrumadores de carros com os seus locais e horários previamente definidos, e ai de quem ousar tomar-lhes o lugar. Dá logo espiga. Isto é uma espécie de licença não escrita, que os habilita a explorarem determinado local, a determinadas horas, e mais ninguém está autorizado a fazê-lo. Cada um tem um espaço concessionado e mais nada. Devido ao desrespeito por esta norma já vi cenas de porrada da grossa, com naifas e pedras de calçada ao barulho.


Também há o crava itinerante. É aquele não tem poiso certo. Vai vagueando. Dá sempre a sensação que vai muito apressado e cheio de afazeres, mas é só encenação. Ao se cruzar com uma pessoa faz cara de enjoado e/ou adoentado e crava. Só custa o primeiro, porque a partir dali e quase sempre à mesma hora lá vem ele ao mesmo. Os tipos fixam os horários, as rotinas dos outros e o que mais for preciso só para lhes cravarem qualquer coisa.

Depois há o crava arrogante. Primeiro faz um voz meiguinha e pede a moeda. Se não derem, volta as costas e vai-se embora a rogar pragas e a chamar nome feios às pessoas. Desta forma vai perdendo clientela, mas é o seu mau feitio a funcionar e não há nada a fazer.

Há ainda o crava de ocasião. Não é propriamente um profissional, não é o seu modo de vida, por assim dizer, mas como não compra tabaco vai cravando aqui e ali. É bem capaz de estar ali uma meia-hora na palheta e, depois de apalpar os bolsos e nada encontrar, pede desculpa e “desenrasca-me lá aí um cigarrinho, s.f.f., que me esqueci dos meus!”.

Certa vez fui abordado por um individuo, a quem eu conheci-a só de vista, e que me pediu 5 euros emprestados para ir ao Intermarché, e que ficasse descansado que logo à tarde já tinha dinheiro e pagava-me. Recusei e, perante tanto insistência, aconselhei-o a fazer as compras à tarde, uma vez que já teria dinheiro nessa altura.

Agora conheci um tipo que se diz vindo da Bulgária e que costuma estar à porta do Minipreço da rua Bartolomeu Dias, mas que também faz a Igreja de Sta.Maria aos domingos. Queria que eu lhe carregasse o telemóvel, mas eu não tinha forma de o fazer e aconselhei-o a ir a um café. Respondeu que não lhe carregavam o aparelho se não consumisse e ele não tinha dinheiro…mas tinha telemóvel (!?).

Não me posso esquecer de mencionar aqui o Tonho Cigano, que bate metade da rua dr.Manuel Pacheco Nobre e controla a zona do talho do Lino. Várias vezes me desenrascou e várias vezes me cravou. O pior é quando bebe demais. Cada vez que isso acontece há merda. Anda à porrada por dá cá aquela palha, diz que vai ao Lavradio desenterrar uma pistola e mata alguém, insulta tudo e todos e às vezes vai acabar no hospital, de onde se pira assim que se pode ter em pé.
O arrumador do Intermarché, cuja estratégia passa por subir a perna da calça e exibir uma ferida nojenta que dá vómitos e pedir uma moeda para comprar medicamentos para curar aquilo. E o Tonho Maluco, sempre vestido com a farda azul da câmara, onde em tempos terá trabalhado. Este não me crava, mas às vezes pago-lhe um café. A sua vocação é a porta da Igreja de Sta.Maria e cemitérios em dias de mais movimento. Posso afiançar que o tipo tem manhãs de Domingo em que faz 25/30 euros sem se chatear. Depois, guarda uma parte e o restante vai gastá-lo com putas agarradinhas. E é tudo o que o Tonho precisa para viver. Paga 70 euros por mês para ir comer à Misericórdia e se não é feliz, parece.

É um modo de vida e, além do mais, cravar não é roubar.

terça-feira, julho 18, 2006

O Canto da Sereia

Em pleno carnaval baiano, enquanto actuava em cima do trio eléctrico para uma multidão extasiada, a mais famosa cantora pop é assassinada. Chamava-se Sereia. Suspeitos: Todos.

Está assim dado o mote para a entrada em campo do detective Agostinho Matoso, mais conhecido por Augustão, que ao longo de uma semana alucinante nos transporta através de uma Baía fervilhante, com os seus curiosos personagens e situações: uma poderosa mãe-de-santo, uma estrela da música com ascensão meteórica, polícias que vendem informações, lutas políticas, os meandros do mundo do espectáculo, piratas informáticos, sexo, droga, álcool e toda uma cidade extravagante que nos é dada a conhecer.
De surpresa em surpresa até ao desvendar do mistério, tudo vai ser vasculhado pelo investigador Augustão (especializado em casos de adultério), com a preciosa ajuda do seu computador, ou recorrendo aos métodos mais imaginativos e ilegais. Para além do mais, ele também é jornalista, usando o pseudónimo de Lucas Barbosa, e inspira-se nas próprias investigações que leva a cabo, ou então inventa histórias.

Um verdadeiro deleite, um livrão passado na era do candomblé high-tech.

O livro é de 2002, tendo saído por cá em 2005, pela editora Palavra.

O autor, Nelson Motta, é tudo e mais alguma coisa. Escritor, jornalista e produtor musical, é autor de músicas como DancingDays e Coisas do Brasil. Conviveu de perto com alguns dos maiores nomes da MPB – de João Gilberto a Chico Buarque , de Edu Lobo a Tom Jobim .
Trabalhou com Marisa Monte, Daniela Mercury , Elba Ramalho, Gal Costa, Elis Regina, Simone e Leila Pinheiro.
Conheci-o através do programa Manhattan Connection que dava no canal GNT.

quinta-feira, julho 13, 2006

Nós Daqui e Vós Dali



Mais uma bela foto aqui do je.

Banda sonora:

"Nós daqui e vós dali"

Gaiteiros de Lisboa

terça-feira, julho 11, 2006

Syd Barrett

1946-2006

O Syd Barrett morreu. Tinha 60 anos.

Um dos fundadores dos Pink Floyd.

Gravou 2 discos a solo.

Mas ele já não andava por cá há muito tempo.

Tinha partido numa viagem sem regresso.

Há muito tempo.

Paz à sua alma.

Avenida da Praia




Armei-me em fotógrafo e acho que não me saí nada mal.

Não foi como daquela vez em que saiu uma máquina pela assinatura da revista Time (ou teria sido a Newsweek?), fui para o Porto passar um fim-de-semana, fartei-me de tirar fotos e só na 2ª Feira quando ia tirar o rolo para mandar revelar, verifiquei que, pura e simplesmente, não havia rolo nenhum.

E também não foi como daquela vez em que pedi à minha namorada uma máquina xpto, com objectiva e zoom e mais não sei, fui para Castro Verde e Mértola tirar belas fotos às cegonhas e aos seus ninhos, vim de lá entusiasmado com a cena e quando chego ela diz-me que o rolo que eu tinha usado era só para tirar fotografias de noite.

A partir daí deixei-me disso.

segunda-feira, julho 10, 2006

Tá Bem Melgas!

Quer-se dizer..., há quatro anos, no Mundial da Coreia-Japão, o nosso João Pinto foi crucificado e corrido da selecção porque deu um encosto de mão num árbitro...e ontem o Zidane dá uma cabeçada a um italiano, de fazer inveja ao João Matateu, e é eleito como o melhor jogador?! Eu queria ver se o gajo fosse tuga aquilo que iriam dizer e fazer ao morcão. Ah, é verdade, o tipo tem um contrato com a Adidas para os próximos anos, e apesar de ter arrumado as botas, vai continuar a encher os bolsos.

É claro que se trata de um grande jogador, isso não contesto, mas aquilo não se faz!

Mais, os franceses não se cansaram de dizer que nós simulamos faltas, somos sarrafeiros, e somos feios, porcos e maus. No entanto, Portugal não ganhou nenhum penalti por simulação e a França teve dois, como o de ontem, numa jogada em que o italiano encolhe a perna para evitar o contacto, mas o espertalhão do champignon atira-se para a piscina e o árbitro faz-lhe a vontade.
E depois o Cristiano Ronaldo é que era fiteiro. Eles estavam era cagados de medo de passarem pela vergonha de eventualmente perderem com o país dos empregados de mesa, das limpezas e da confecção de baguetes. Teria sido uma grande vergonha para eles perderem com o país da Linda de Suza! Nunca mais se recuperavam do trauma!

Gostei de ver os spaguettis a ganhar a taça e acho que ontem foram melhores, apesar de terem ganho à Austrália, nos oitavos, com um penalti inventado por um árbitro espanhol, aos 95 mns de jogo!? Mas ontem mereceram.

Assim, a classificação final ficou da seguinte forma:
1º Itália Puma
2º França Adidas
3º Alemanha Adidas
4º Portugal Nike

Ora deu-se aqui uma oportunidade à Puma, para não ser sempre a Nike e a Adidas a comerem a maior fatia do bolo.

A equipa que mais gostei de ver jogar foi a Argentina, mas durante a fase grupos, porque depois entraram naquela lógica defensiva e de jogo pastelão e foi o que se viu: foram eliminados pela Alemanha. Também gostei de ver o Togo e acho que mereciam ter ido mais longe.

Por agora chega. Vou tirar o futebol da minha cabeça durante uns tempos, porque isto foi uma overdose de bola até mais não...foi demais! Adeus redondinha, até mais ver! Pum! Zás!Daaa-se!!

Isto Anda...

Isto anda uma bela merda!
Não consigo juntar imagens.

quarta-feira, julho 05, 2006

Arranja-me um Campeonato do Mundo, S.F.F!

Agora que perdemos - mais uma vez estivemos quase - e a grande ilusão deste carnaval fora de época terminou, temos que encontrar culpados para expulsar a imensa desilusão que sentimos. Há já alguns dias que os brasileiros sentiram o mesmo, embora nós tenhamos jogado um pouco melhor.

Pois tem circulado pelo Brasil, pela net e não só, um texto que aqui deixo para culparmos os mafiosos da Fifa, e das marcas que enchem os bolsos à conta dos amantes de um jogo belo e fascinante, mas que está podre...

"Falando em Copa, repasso esta mensagem que está circulando pelo Brasil...
Depois de lida, cheguei à conclusão que venderam-se de novo, que aquele joguinho sem-vergonha de ontem fazia parte dos obscuros acordos de 98.. O que o Chirac fazia ali? E o Zidane caindo na gargalhada de felicidade antes mesmo do jogo começar? Porque o Parreira estava tão sereno? Mas o povo não é mais tão otário como antes. Manchete do Globoonline: Jogadores do Brasil desembarcam em SP sob gritos de 'vendidos', 'traidores' e 'mercenários'.
Por isso é bem difícil que Portugal ganhe. O campeão pra mim será um dos patroes da UE: França ou Alemanha. A Copa virou jogo de cartas marcadas, gente! A ultima e unica vez que o Brasil foi campeão na Europa foi em 1958!!!.

o Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa.

Os jogadores titulares brasileiros [em 1998, França] foram avisados, às 13:00 do dia 12 de Julho (dia do jogo final), em uma reunião envolvendo o Sr. Ricardo Teixeira (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o Técnico Mário Zagallo, o Sr. Américo Faria, supervisor da seleção, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike.
Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel. A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o penta-campeonato mundial por sediar a Copa do Mundo. A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$ 400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) através da empresa Nike.
Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o próprio Ronaldo, Raul da Espanha, Batistuta da Argentina e Roberto Carlos, também do Brasil.
Mesmo assim, Ronaldo se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Zagallo a escalar o jogador Edmundo, dizendo que Ronaldo estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13:30 no centro de imprensa) e, logo depois, às 14:15, alterando o prognóstico para problemas estomacais). A sua situação só foi resolvida após o representante da Nike ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US$90.000.000,00 (noventa milhões de dólares) ao longo da sua carreira.
Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante o 'Golden Goal' (prorrogação com morte súbita), porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a França, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols.
O Sr. Joseph Blatter, novo presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à França num momento das mais altas taxas de desemprego jamais registradas naquele país, que serão agravadas pela recente introdução do euro (moeda única européia) e o mercado comum europeu (ECC). Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, João Havelange, que o Brasil terá seu caminho facilitado para o penta-campeonato de 2002.
Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!"

búúúúúú...!

Os franciús cheiram mal e são panilas!