segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Capas de Discos




Freddie Gage ? Quem será o tipo ? A dizer que os amigos estão mortos...fotografado num cemitério e tudo. Um pintas deste calibre teria mesmo amigos ?
Bem, através de uma dica do Correio da Manhã, encontrei um site (zonicweb) que tem um top das piores capas de discos e não só. É o máximo!
Mas, estranhamente, não vem lá nada de Portugal. E nós temos material para nos batermos em qualquer campeonato mundial de capas foleiras, e temos artistas que foram longe nesta arte e que desbravaram novos caminhos.

Aqui vai, então, uma pequena contribuição nacional:




A camisa vale ouro!

domingo, fevereiro 26, 2006

O Sistema Bancário

"A ideia foi lançada para debate durante uma conferência sobre o "Futuro dos Sistemas de Pagamentos na Europa". Santander-Totta, BCP, BPI e Caixa Geral de Depósitos ouviram e concordaram. Cobrar comissões para reduzir custos Os principais bancos querem cortar com o passado. Dizem que o futuro passa pelas comissões. Uma forma de reduzir os custos das operações "





"Os principais bancos portugueses querem cobrar comissões na utilização dos cartões de débito, vulgo cartões multibanco. A ideia, já antiga, volta agora a ser defendida pelo BES, BCP, BPI, Caixa Geral de Depósitos e Santander-Totta. "

Esta cambada de piratas, também conhecidos como bancos, quando mais ganham mais querem e não descansam enquanto não nos sugam até ao osso. Inventaram uma ficção chamada sistema bancário que, na verdade, apenas os serve a eles e aos mais ricos. Ora vejam aqui http://www.realidadeoculta.com/bancos.html como é que a coisa funciona.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Imagem da Semana


O livro deve ser muito interessante.
A fruta faz bem à saúde.

The Road To...


Este já cá canta !

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Zeca

1987 - 23 Fevereiro
Morre - Zeca Afonso





- -- Coro da Primavera -- -


Cobre-te canalha / Na mortalha / Hoje o rei vai nu / Os velhos tiranos / De há mil anos / Morrem como tu / Abre uma trincheira / Companheira / Deita-te no chão / Sempre à tua frente / Viste gente / Doutra condição

Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Livra-te do medo / Que bem cedo / Há-de o Sol queimar / E tu camarada / Põe-te em guarda / Que te vão matar Venham lavradeiras / Mondadeiras / Deste campo em flor / Venham enlaçadas / De mãos dadas / Semear o amor

Ergue-te ó Sol...

Venha a maré cheia / Duma ideia / P'ra nos empurrar / Só um pensamento / No momento / P'ra nos despertar / Eia mais um braço / E outro braço / Nos conduz irmão / Sempre a nossa fome / Nos consome / Dá-me a tua mão

Ergue-te ó Sol...

Palácio das Necessidades...Caninas

O fantástico edifício do Tribunal do Barreiro permite que se passe por baixo do mesmo. Ali, no verão é um local bastante aprazível devido à sombra e frescura. Poderia ser aproveitado como espaço de lazer; umas mesas poderiam juntar idosos a jogar às cartas ou ao dominó, uns bancos poderiam servir para as pessoas porem a conversa em dia, até para quem vai tratar assuntos da justiça poder descontrair um pouco, as crianças poderiam juntar-se ali para brincar, andar de bicicleta, enfim, um espaço ao ar livre propício ao convívio e à boa vida. Mas não, nada disto se passa por ali.

O que ali se passa é que, provavelmente, esta cidade foi pioneira na criação de um novo local que funciona como um 2 em 1: por um lado um mamarracho com a sua imponência ao rubro e que nos transmite a grandeza e poder da Justiça e, por outro lado, ali debaixo do palácio das leis um imenso cagatório e mijatório para os fiéis amigos dos donos, os cães! Isso mesmo, um tribunal + um WC cão, dois em um.
É vê-los logo ao nascer do dia, vêm pela trela do dono, este acende o primeiro cigarrinho, passam pelo tribunal e lá vai disto que é festa! Largam o cagalhão da ordem e retornam a casa, porque o dono tem que se despachar para ir trabalhar.

Numa destas belas manhãs, a funcionária da Câmara encarregue de limpar o local depara-se com uma senhora e a sua cadelinha procedentes dos prédios amarelos. A senhora apresenta-se bem vestida, cabelo arranjado, a pele cuidada, lábios pintados, as unhas também, aparentando até menos idade do que as cinquentas e tais primaveras que já leva desta vida. Tinha um ar distinto. A cadelinha não perde tempo e faz o seu cocó. De seguida a dona chama-a e começam a abandonar o local, quando a funcionária da Câmara se lhe dirige: “Olhe, desculpe lá! Então não trouxe o saco para apanhar a porcaria que o animal fez?”. A outra, embora não esperando aquela abordagem, responde quase de imediato: “Eu é que lhe estou a pagar o ordenado para você limpar, portanto não tenho eu essa obrigação!”. “Ai não tem? Pois olhe, no fim do mês vou lá bater à sua porta para me dar o ordenado…se é você que me paga!”. Diz a outra: “Olhe, se não está satisfeita vá para o pinhal de Coina que lá também se ganha bem!”.
A funcionária da Câmara teve que se retrair e contar até dez para se acalmar, porque a sua vontade era enfiar-lhe umas valentes vassouradas pelos cornos, mas estava de serviço e dava mais aspecto. No entanto, jurou logo ali perante a outra que não se iria esquecer da sua cara e que, quando a apanhasse e não estivesse fardada, lhe arrebentava a cabeça contra a parede mais próxima, que era para ela aprender a não ser malcriada…a puta d´um raio!

sábado, fevereiro 18, 2006

Levar um Boi a Tribunal ?!


Um fim de tarde no Hospital Nª Srª do Rosário, no Barreiro, num corredor está um homem deitado numa maca. Acabou de recuperar os sentidos e olha à sua volta.

“Batas brancas? Parecem enfermeiras. Isto aqui é uma maca!…isto é o hospital, pá! Que merda é esta?”
“Então o senhor não sabe?” Diz uma das enfermeiras que, vendo que o homem despertara, se aproximara dele.
“O senhor foi colhido por um boi numa largada!”
“Ai fui…?” Diz o homem, ainda mal refeito do seu estado de apagamento que durara umas horas.
“Então, não se lembra que foi à largada da Moita?”
“Pois fui, pois fui…”.
“Olhe, teve você muita sorte, porque podia ter morrido desta! Vá lá tenha calma, que o médico já o vai ver. Vai correr tudo bem”.

O senhor A. (vou omitir o nome, porque o mundo é pequeno e nunca se sabe), tal como faz há vários anos no mês de Setembro, não perde uma largada matinal nas festas da Moita. A sua rotina era sempre a mesma naqueles dias; apanhar o comboio no Barreiro, sair na Moita, andar a pé até ao recinto das festas, ver a largada e, por volta das 11h.30m, comer um courato e mamar uma cervejola fresquinha. Depois, apanhar o comboio de regresso por volta das 12h.15m a tempo de almoçar em casa.

Naquele domingo interrompeu-se a sua rotina, para seu grande azar.
O homem olha para um lado, olha para o outro, volta a olhar e não há sinal de boi nas proximidades. Desce da paliçada, atravessa a avenida que serve de recinto onde largam os bois e vai descansadinho da vida, já a salivar o belo courato que iria trincar.
De repente, zás! Vem o boi disparado a grande velocidade por trás de si, espeta-lhe uma marrada nas costas, levanta-o no ar e cai esparramado no chão. Diz quem viu. Por sorte, há uns tipos que estão do lado de fora que puxam o corpo inanimado do senhor A., porque o cabrão do animal já lá vinha de novo para mais uma dose de porrada.

Foram dois dias internado cheio de dores por todo o corpo, três costelas partidas, hematomas e por aí fora, e sem poder ler o jornal a “A Bola”!
Jurou para nunca mais. Até à próxima, diz quem o conhece bem.

Passam duas ou três semanas e recebe em casa uma carta do hospital para pagar 80 euros. O homem atira-se ao ar, vem para a rua reclamar com aqueles chulos, bandidos, ladrões que já tinha pago 12 euros e agora queriam mais, que não pagava nem mais um cêntimo e mandou a mulher ir lá ver o que era aquilo.
Afinal, tudo se resolveu, houve uma confusão e não tinha mais nada a pagar.

No entanto, o assunto não terminava ali. A funcionária da secretaria informa a esposa do senhor A. que tinha ali uns papeis para lhe entregar e que se destinavam a fazer queixa do agressor ao tribunal.
“Desculpe, não estou a perceber”. Diz-lhe a esposa.
“Então, o seu marido não foi agredido? Agora leva aqui esta papelada para apresentar queixa do agressor no tribunal”.
“No tribunal?!”
“Sim, minha senhora, o seu marido não foi agredido?”
“Foi…mas o agressor era um boi!”
“Um boi?! Deve haver uma confusão no processo!” Comentou a funcionária.
“Então, agora o meu marido vai levar um boi a tribunal ?! Mas que grande parvoíce é esta?!”.

O senhor contou esta história ali na rua e foi o pagode geral. Começaram a meter-se com ele “olha o forcado!”; “olha o toureiro!”; “então, quando é que é o julgamento do boi?”; “precisas de testemunhas?” e coisas do género.

Presentemente o senhor está recuperado e aguardam-se as próximas largadas…na Moita.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Cartoons e Coincidências...

Ele há cada coincidência...
Ver aqui: http://www.mentirocracia.blogspot.com

A Ver o Mar




















Praia do Meco, 15 de Fevereiro de 2006

Desde o verão que não víamos o mar.
Para desanuviar.
Brincar na areia.
Atirar pedrinhas.
Deitados na areia.
Cheirar e olhar a imensidão.
Gostava de viver junto ao mar.
Muita cidade atrofia-nos.
Muita gente sufoca-nos.
Aqui somos poucos e há espaço.
Devíamos vir cá mais vezes.
Sabe bem e não ofende ninguém.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Sexo é como Bife com Batatas ! ?




"Por mais que se goste de bife com batatas, comer sempre o mesmo prato da mesma maneira enjoa", disse hoje a ginecologista Maria do Céu Santo durante a apresentação do estudo da Sociedade Portuguesa de Andrologia (SPA) sobre a Epidemiologia das Disfunções Sexuais em Portugal.


A especialista da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) lembrou que, ao fim de quatro anos de vida em comum, o desejo sexual diminui.

Um facto que tem outras explicações, além das hormonais.
"Quando estamos apaixonados arranjamo-nos para o parceiro, mas depois de estarmos juntos pomo-nos bonitas para os colegas de trabalho e muitas vezes chegamos a casa e vestimos roupa prática e desarranjamos o cabelo", disse.
Os homens, prosseguiu a ginecologista, optam por não fazer a barba durante o fim-de-semana e parecem porcos- espinhos que picam ao dar beijinhos.

Por outro lado, a rotina e o stress leva muitas vezes os casais a terem menos sexo ou a fazê-lo sempre da mesma forma.

Segundo Maria do Céu Santo, a resposta passa pela cozinha, ou seja, por utilizar no sexo a mesma criatividade que se aplica para transformar um simples bife num verdadeiro manjar.

Outra solução é não deixar o sexo para o final do dia quando "não há força nem para puxar o lençol", disse, recomendando a manhã ou o período anterior ao jantar para as relações sexuais.


Aguardo comentários sobre a matéria.


E, já agora uma anedota:

Um casal de portugueses com um filho emigra para a Suíça, onde dão Educação Sexual na escola.
O filho à hora de jantar pergunta ao pai:
- Ó pai, quando fazes sexo gostas mais de ficar por baixo ou por cima?
Responde o pai:
- Ó seu grande mal educado, mas que pergunta é essa?
Diz a mãe:
- É que eles aqui dão Educação Sexual na escola, não é como lá em Portugal, isto é um país moderno, se calhar é alguma coisa que falaram lá na escola. Deixa lá o miúdo.
Entretanto o puto abandona a mesa a chorar e vai para o seu quarto. A sra. lá consegue convencer o marido a ir falar com o filho, que aquilo não tem mal nenhum.
O pai abre a porta do quarto e vê o miúdo a masturbar-se.
Diz o pai:
- Tá bem, acaba lá os trabalhos de casa e depois vem falar comigo!

Estação de Serviço



Pois é, ao preço que estão os combustíveis e com o poder de compra a diminuir, qualquer dia aparecem por aí estes postos para atestar o depósito.

O Bombeiro Pirómano

O Ocidente é pirómano: desde o Renascimento europeu deitou fogo aos seus próprios terreiros, às instituições da sua ordem antiga, pré-revolucionária, e levou-o até aos quatro cantos do mundo. As suas armas foram os progressos técnicos, o fervilhar incessante de ideias, a violência militar. Também é bombeiro, pois só ele possui os meios para apagar os fogos que ateia. O drama é que quando os apaga, muitas vezes é tão violento como quando os ateia. Foi assim, por exº, que fez jorrar a chama do comunismo, apagando-a depois num apocalipse de violência que se desenrolou fora das paredes da sua casa. Ao proceder deste modo, ateou os incêndios identitários que assolaram o planeta; depois do 11 de Setembro, procura apagá-los, não sem novas violências.

Perante um quadro destes, o discurso narcísico do Ocidente recusa reconhecer a sua omnipotência e responsabilidade. As convulsões e as violências não seriam o resultado da ocidentalização do mundo, mas o da incapacidade dos povos não ocidentais de assumirem a modernidade, de serem pacificamente democráticos, como são as grandes democracias ocidentais que enterraram definitivamente entre elas o machado da guerra e da violência. Franceses, ingleses, alemães, que combateram entre eles durante séculos pelo domínio da Europa e do mundo, estão hoje em paz e realizam pacificamente a união progressiva da Europa. Não seria, portanto, a ocidentalização do mundo que provocaria os conflitos, mas, pelo contrário, os fanatismos religiosos ou étnicos, a incapacidade de edificar o Estado moderno, que ainda persistem fora do Ocidente e que estão na origem de conflitos onde é solicitada a sua intervenção para restaurar a paz.

De qualquer modo, os EUA seriam polícias involuntários chamados em socorro, um império contra a sua vontade, pois poderiam perfeitamente viver no isolacionismo, fecharem-se no seu continente que contém tantas riquezas, que não precisaria desse imperialismo para prosperar. Os bem-pensantes desta nova ordem internacional justificam o caos das situações de crise unicamente pela loucura de Sadam no Iraque, Milosevic na Sérvia ou os talibãs no Afeganistão, sem os quais não teria havido crise e, portanto, intervenção ocidental - em suma, pela existência de um “eixo do mal” que teria sucedido ao “império do mal”.

Podemos ir mais longe nesta lógica: Sem o pendor “inato” do Islão pela guerra santa e a sua suposta recusa das outras religiões, não teria havido Osama Bin Laden nem guerra no Afeganistão, Israel viveria em paz e não teria de se defender constantemente contra os palestinianos ou os libaneses que lhe são hostis por definição. Devido à sua constituição genética cultural, o Ocidente é racional, democrata, pacifista, só combatendo quando é forçado a fazê-lo, ou porque é solicitado pelas vítimas, ou porque é injustamente agredido. O Oriente não consegue curar-se dos seus fantasmas religiosos ou tribais, plantados nos seus genes, e o Ocidente não pode tolerar desordens que se arriscam a ameaçar a ordem do mundo, decerto imperfeita, mas que precisa de um polícia para a manter. O Ocidente é apenas um bom bombeiro voluntário e acusá-lo de pirómano seria dar provas de uma paranóia grave que é preciso calar.


O medo da mudança

Assim se pôs no índex o discurso crítico, selvaticamente combatido por um forte terrorismo intelectual que perguntará nesciamente ao interlocutor que põe em causa o discurso narcísico e essencialista: “Mas, por muito imperfeita que seja a ordem ocidental, quer substituí-la pelo quê?”.

Diálogo de surdos entre dois discursos que se recusam ouvir-se ou que, pelo menos, não podem entender-se. Num caso, o do essencialismo e do narcisismo para o qual a natureza humana está fixada em grandes categorias antropológicas caracterizadas por invariantes que classificámos de “imaginárias”, construções intelectuais artificiais que lançam um véu sobre fenómenos do poder, o do ocidente, e da queda, o do oriente. No outro, o do espírito crítico e corrosivo, domina a crença na possibilidade permanente de mudança, de progresso nas instituições humanas e na moral universal. Mas este espírito corrosivo assusta, tanto no Ocidente como no Oriente.


Nota:
Do livro de Georges Corm "Ocidente/Oriente - a fractura imaginária"
Edição Teorema 2004

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Só Uma Perguntinha



"LUCROS DA BANCA DISPARAM APESAR DA ESTAGNAÇÃO ECONÓMICA"

Eu pergunto:

"Apesar" ou "Por causa da..." ?

A Imagem da Semana




Para que não restem dúvidas...