sexta-feira, abril 28, 2006

Zarpar Daqui


Este fim-de-semana vamos zarpar daqui para fora para arejar a mente e o espírito no Algarve. Entre o indispensável, para além dos comes e bebes, está a música. Estas vão-nos guiar no mp3 a bom porto:

Amadou & Mariam "Les temps ont changé"
Bob Marley "So much trouble in the world"
Damian Marley"Welcome to jamrock"
Neil Diamond "Save me a saturday night"
Nillson "Everybody´s talking"
Legião Urbana "O mundo anda tão complicado"
Rachid Taha "Rock el casbah"
The Who "Won´t get fooled again"
Massive Attack "Live with me"
The Act-Ups "Slam wham thankee..."
Wall Of Voodoo "Mexican radio"
The Slits "I heard it through the grapevine"
Gnarls Barkley "Crazy"
The Undertones "Teenage kicks"
America "Horse with no name"
Motorhead "Stone dead forever"

Rock in Vila

Desta vez resolvi embarcar num regresso aos anos 80, musicalmente falando, mas não dos grupos e/ou artistas que ficaram para a história. Vou reviver aqui amostras de artistas e projectos que não chegaram a lado nenhum, que ficaram pelas memórias de garagens, sótãos empoeirados e claustrofóbicos, varandas que serviam de palcos improvisados e reuniões nocturnas em esquinas de ruas que moíam o juízo aos vizinhos.

Com epicentro na Vila Chã, a partir dos anos 83/84, começaram a aparecer bandas de música formadas pela malta e movimentos artísticos que se perderam no tempo. Sonhos de adolescência e juventude que não singraram, mas que fizeram todo o sentido na altura e que, apesar de uma terrível falta de meios e apoios, foram realizados para gozo e felicidade de todos nós.

A maioria de nós vivia a música de uma forma absolutamente imprescindível, era como comer e beber-não se podia passar sem ela de maneira nenhuma. Naquela fase dos 13/14 anos chegavam-nos novidades sonoras de alguns amigos mais velhos que mandavam vir discos de Inglaterra ou que gravavam de outro amigo. Um deles, vivia ao pé do Barreirense, tinha uma imensa colecção de cassetes e discos de tudo e mais alguma coisa, não se importando de gravar ou emprestar sempre que podia. Também havia o Mamute que morava lá rua e tinha uma boa discoteca, o Filipe e um tal de Zé, um gajo porreiro assim tipo gay mas cuja discografia tinha todas as novidades mais obscuras que podíamos imaginar. Tudo malta já na casa dos vinte anos. Estes eram os principais fornecedores de som do pessoal. Claro que também comprávamos, mas as mesadas não davam para muito. Era mais barato gravar cassetes ou emissões do programa “Som da Frente” do António Sérgio, que nesta altura dava à 4 da tarde, de segunda a sexta. Ainda me lembro da primeira vez que o ouvi e a primeira música que me ficou na cabeça foi o “Tell me when it´s over” dos Dream Syndicate.


(capa da única cassete que consegui encontrar nos arquivos)


No entanto, no que toca a projectos musicais, o primeiro de todos ainda não tinha nada a ver com esta onda. Tinha antes a ver com a onda do Breakdance, que apareceu quando se estreou no Cinema Condes um filme chamado “Beat Street”. Organizaram-se autênticas excursões de malta para o seu visionamento. Eu fui duas vezes a Lisboa. Uma com um grupo para aí de uns dez e outra vez só com o Jorge e o Kevin. Apreendíamos tudo o que era passos de dança, cambalhotas, fazer o robot, a corrente eléctrica, etc.. Naquela altura estava em construção a via rápida e à sombra da ponte era onde ensaiávamos e fazíamos combates de dança. A tudo isto não foi alheio o facto de muitos amigos serem de descendência africana e de sentirem imediata identificação com este movimento, bem como com o Reggae de Marley, Peter Tosh e Jimmy Cliff que se ouviam em gravadores enormes (os chamados tijolos) e até naqueles antigos gira-discos portáteis. Um tipo nascido em Moçambique e que era conhecido por F.M.(Fernando Maricas) tinha um destes e passava muita música da Jamaica.

Pois então, aqui vão alguns exemplos de um grupo de amigos que não sabendo sequer tocar uma única nota, não se inibiram de mesmo assim fazer música da melhor maneira que sabiam e podiam.

Vila Street Beat – Onda Breakdance. O primeiro grupo, formado por Master J e Doctor Jorge, ou seja, eu e o meu amigo Jorge. Não havia instrumentos, apenas colagens de sons roubados a outras músicas, principalmente inspirado em Grandmaster Flash, um dos pioneiros daquilo que hoje se chama hip hop. Só gravámos uma música e dançava-se ao seu som. O Jorge quando fez 18 anos passou-se devido a um amor não correspondido, ingressou na Academia Militar e hoje é Oficial do Exército. Raramente o vejo. Foi das pessoas mais inteligentes que conheci até hoje. Mas perdeu-se um talento para a arte.

The Voice – Já com influência dos sons britânicos, como Cure, Bauhaus, Joy Division, Echo & The Bunnymen, etc.. Era formado por mim, pelo Jorge, o Tó Grande e o Kevin. Demos dois concertos (se é que se poderá chamar assim): um na varanda do Fernando e outro na esquina do café S.Francisco. Em ambos fomos corridos pelos vizinhos. Os instrumentos consistiam em tábuas com fios de pesca presos com pregos, latas de tinta e pelo único instrumento a sério, um órgão. Este não era usado ao vivo porque não tínhamos como ligá-lo à corrente. O Kevin foi despedido durante as gravações da cassete, porque não conseguia atinar com o ritmo na tampa de um frasco de café Tofina. Entrou o Fernando-o Gordo-para as percussões.
Registos: Cassete Álbum “Broken Glasses”, hit single “Que fim triste/Há lodo no cais”, gravado no meu sótão.

Os Miseráveis – Já com guitarras de caixa a sério, mas ainda com latas e tachos. Quase a mesma formação, tendo saído o Tó, ficou o Gordo no baixo e o Kevin nos ritmos (andou a praticar e conseguiu desenrascar-se). Ocasionalmente participaram o Domingoni e o Marco Heavy.
Registos: Cassete Álbum “O Incrível Mundo d´Os Miseráveis”, cujo único exemplar terá desaparecido. Cassete “Live at sótão do Domingoni”, onde foi registada uma portentosa versão de “New dawn fades” dos Joy Division.

Os Miseráveis II – Só eu e o Gordo. Tocávamos tudo, gravávamos em camadas e tocávamos por cima. Inventámos uma língua que não significava nada ou invertíamos as palavras.
Registos: Cassete mini-album “A gurna Uaca”, gravado no meu sótão.


Com Fuzão – Banda do Lulu e do Rogério Metal. Definiam-se como afro-metal, ensaiavam e tocavam para a malta na garagem do Rogério aos sábados à tarde.
Registos: Não conhecidos. Nunca tocavam da mesma maneira, porque não se lembravam da anterior.

Projecto Shit – Grupo obscuro, cujos membros nunca foram divulgados. Não deram concertos. Gravaram um clássico.
Registos: “ Cassete álbum “A Lot Of Shit”.

Satélite 2000 – Não existem dados sobre estes.
Registo: Cassete com o tema “Zeca Diabo metes medo” (desaparecida)

Os Arrasadores – Grupo punk do Bostiá e do Nuno Arrasador. Som violento e anti-tudo. O Arrasador viria a tornar-se traficante de drogas duras e membro da Juve Leo. Acabou preso. Nunca mais soube dele.
Registo: Cassete com o tema”Eu ia cagar e estava lá uma mosca”.

Ordine Nera – Música industrial cruzada com canto alentejano. Inspirado em Test Department que tinham gravado com um coro de mineiros em greve contra a Margaret Tacher.
Registo: Cassete álbum “Canto”.

Litronic Bluff – Várias guitarras sobrepostas, cada qual tocando para seu lado. Formado por Cobra Moonstar e Magazé. Inspiração Sonic Youth.
Registo: Cassete álbum “Risque de Choque Eléctrique”.

Xapa de Zinco – O César da Quinta da Lomba criou este projecto. Gravou uma cassete com sons de chapas de zinco, berbequins, martelos, bidons e com a voz da sobrinha, a Inês. Era música industrial, que na altura estava em voga no Barreiro. Os mais conhecidos desta onda foram os Rócócó, que chegaram a sair no Blitz e foram tocar ao Rock Rendez-Vous. Também havia os Andrómeda Amorfa e os P.C.P.(Projecto Carnes Plásticas). O núcleo duro situava-se na Quinta da Lomba.


António Supositório – Grupo anárquico formado à pressa para concorrer a uma selecção de bandas para ir ao Avante, organizado pela Junta de Freguesia da Quinta da Lomba. Nunca ensaiámos e fomos tocar ao anfiteatro do Parque da Quinta da Lomba. À segunda música desligaram o som alegando que estávamos a danificar o material. Até o Gengivas (ivas, ivas rock ´n roll)* tocou bateria e a Inês, de apenas 4 anos, cantou o “Atirei o pau ao gato” acompanhada por uma muralha de distorção que a organização qualificou de insuportável. Claro que não fomos apurados, mas sim uns tipos que tocaram uma versão do “Knockin´on heaven´s door” a imitar os Guns ´n Roses.


Marcante foi também a edição do único número do fanzine “ O Cibernético”. Para além da música, abarcava poesia, cinema e outras formas de expressão artística. A partir de uma ideia e força de vontade do Domingoni, com fotocópias tiradas à sucapa nos empregos dos pais, lá conseguimos editá-lo e até vendê-lo na escola. Eu escrevi sobre o Syd Barrett, o Domingoni sobre uns concertos, o César fez uns poemas, o Gordo sobre os Einsturzende Neubauten, e por aí fora. Mas o artigo que viria a tornar-se um clássico absoluto nos anais do jornalismo local foi da autoria do Kevin. Era sobre o filme “As Asas do Desejo” do W.Wenders. Pois bem, conhecendo o Kevin como conhecíamos, qual não foi o nosso espanto quando nos deparámos com um artigo que utilizava a mais refinada e cuidada linguagem que jamais algum de nós utilizara ou sequer sonhara. Ninguém tinha bagagem para escrever aquilo! Para mais o Kevin!? Aquilo estava tão elaborado, com metáforas, termos obscuros, significados que ninguém percebia, palavras rebuscadas no dicionário, que puseram em causa a autoria do artigo. Ele jurava a pés juntos que não tinha copiado nada. Tinha tido um trabalho dos diabos, um assombro de inspiração que o tinha levado a realizar aquilo e agora era posto em causa injustamente. Ficou até zangado com o pessoal.

Passado uns tempos, o Kevin organizou uma festa em sua casa, uma vez que os pais tinham ido à terra. Enquanto escolhíamos discos e cassetes para ouvir, alguém encontrou no meio de um LP uma certa revista que se pôs a folhear. E, espanto dos espantos, a páginas tantas depara-se precisamente com o artigo original que o Kevin tinha colocado no dito fanzine, palavra por palavra. Ou seja, uma cópia, uma violação de direitos de autor e o desmascarar de uma mentira. Gozado até mais não, o Kevin até ameaçou a malta que acabava com a festa e punha todos na rua. Pediu que não se divulgasse nada, ficava só entre nós, afinal que mal tinha aquilo? Além do mais, gozava agora de boa reputação junto das garinas e se o embuste fosse conhecido lá se iam as conquistas por água abaixo na Escola Secundária dos Casquilhos.

Há mais um episódio caricato com revistas escondidas pelo Kevin no meio de LP´s.
O Lulu emprestou-lhe uma vez aquele disco duplo ao vivo dos Dire Straits, o “Alchemy”. E o Kevin escondeu lá no meio uma revista da “Gina”, porque ali era seguro que a mãe quando fizesse limpeza não iria mexer. Tudo muito bem. No entanto, a dada altura o Lulu pediu o disco de volta e não reparou na revista que tinha dentro. Depois alguém lhe pediu emprestado o disco. Entretanto, o Kevin lembrou-se da revista e fala com o Lulu. Este desata numa grande gargalhada porque tinha emprestado o disco a um gajo que andava nos escuteiros e, este por sua vez, tinha dito ao Lulu que o ia emprestar ao padre de Santo António da Charneca para este o gravar. O Lulu só imaginava a cara do padre a tirar a rodela do vinil e a deparar-se com a revista da “Gina”. Um padre com uma revista pornográfica nas mãos tinha montes de piada.O que é certo é que a dita publicação nunca mais apareceu. Teria o padre ficado com ela?



* "Ivas, ivas rock ´n roll" – era um rock inventado na minha turma do 7º ano. O ivas referido na canção era relativo ao Gengivas, que era da turma. A canção era assim sempre a abrir:

Ivas ivas rock ´n roll
Bebe um litro de sumol
Vai mijar ao urinol
E aos domingos vai à missa
Com sapatos de cortiça

terça-feira, abril 25, 2006

12 Songs



"save me a saturday night"........

sábado, abril 22, 2006

Um Casamento Feliz


Tem sangue, suor e lágrimas.
Tem calma e tem agitação.
Tem rock ´n roll, tem soul, tem blues, tem punk, tem psycho, tem 60´s, 70´s , 80´and so on…
É branco e é negro.
Tem cor e tem sabor.
Tem o céu e tem o inferno.
Tem amor para dar e vender.
Faz bem e faz crescer.
É o cd que ando a ouvir.
É o meu DISCO DO MÊS!

Aqui para ouvir umas amostras .

THE ACT-UPS
"The Marriage of Heaven and Hell"
Hey, Pachuco! Recs. © 2006

quarta-feira, abril 19, 2006

O 11 de Março.2004.em Madrid


Gostava que este livro fosse cá editado em português. Não sendo possível, julgo que tentarei conseguir ler a edição original. Diz assim:

Sabia que os terroristas do 11 de Março tinham estado na polícia dias antes dos atentados?
E que El Chino, um dos cabecilhas, tinha o telefone sob escuta e que estas se interromperam no dia a seguir aos atentados?
Após dois anos de investigações policiais, judiciais e jornalísticas, e depois de uma Comissão de Investigação que não conseguiu explicar nada, a opinião pública continua sem saber quem colocou as bombas, quem as fabricou, quem ordenou os atentados a três dias de umas eleições. Mas aquilo que se sabe é que aqueles acontecimentos provocaram uma mudança politica em Espanha, cujas consequências só agora começam a notar-se.



LOS ENIGMAS DEL 11-M: ¿CONSPIRACIÓN O NEGLIGENCIA?Autor: LUIS DEL PINO Editorial: LIBROSLIBRES Fecha de publicación: 28/02/2006. Edición: 1ª. Número de páginas: 200.

Patrícia Melo

Apresento aqui uma escritora brasileira que descobri por acaso em 2001, na Livraria Notícias, ali no Rossi. No escaparte estava o título: INFERNO. Chamou-me logo a atenção. Prémio Jibuti e tal...
Tenho este hábito de escolher livros sem conhecer ou ter ouvido falar do autor. Vou pelo título, pelo nome, pela nacionalidade ou pela sinopse. Se houver algo que me palpite compro e não penso mais nisso. Claro que já tenho levado banhadas...mas aí é que está a piada! Já vim a pensar que finalmente tenho um livro do escritor X e...olha, por exº o Gore Vidal, comprei-o num alfarrabista em 1996 só porque o nome me soava bem e porque alguém o havia citado. O livro chama-se "Duluth" e não consegui passar da pág.40.
Já com o Robert James Waller sucedeu o inverso. Comprei o "Música da Fronteira" pelo título e pela fotografia da capa - que mostra um deserto onde se cruza uma estrada e uma linha de comboio (desertos, estradas e linhas de comboio são coisas que me fascinam), e de facto é excelente. Tão bom que a seguir comprei outro "Apuros em Puerto Vallarta". Estes livros fazem-nos querer lá estar no meio das personagens ou ser uma delas. São muito cinematográficos. Não entendo por que não fazem filmes destes dois e só fizeram das "Pontes de Madison County".

Dizia eu que descobri a Patrícia Melo naquelas compras à sorte e acertei na mosca! A tipa escreve bem que se farta!
De uma forma bem ritmada que parece música...e imagino música ao ler o "Inferno". Porque se trata de uma história cruzada por outras histórias, do crescimento de um miúdo no meio do caos - também a música nasce do caos para lhe construir um sentido -, e é tão cómico como perturbante. É humano (no sentido dos bons sentimentos) e é infernal como a dura realidade do morro que retrata. É o bem e o mal num só. Além de sons, evoca cheiros, lugares, ritmos das gentes, amores, traições, morte, festa e tanto mais.
E começa assim:
"Sol, piolhos, trambiques, gente boa, trapos, moscas, televisão, agiotas, sol, plástico, tempestades, diversos tipos de trastes funk, sol, lixo e escroques infestam o local. O garoto que sobe o morro é José Luís Reis, o Reizinho. Excluindo Reizinho, ninguém ali é José, Luís, Pedro, António, Joaquim, Maria, Sebastiana. São Giseles, Alexis, Karinas, Washingtons, Christians, Vans, Daianas, Klebers e Eltons, nomes retiardos de novelas, programas de televisão, do jet set internacional, das revistas de cabeleireiras e de produtos importados que invadem a favela."


Além do "Inferno", fui logo comprar estes:



No mundo da violência urbana, Máiquel é um jovem frustrado que se torna num criminoso por motivos banais: perdeu um jogo de futebol e...

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Aqua Toffana era um misterioso veneno renascentista...o livro termina assim:
"Que coincidência.Eu estava diante de uma delegacia de polícia. Achei que era uma boa oportunidade. Entrei, mandei chamar o delegado. Veio um sujeito gordo, porco, suado. Nunca vi um delegado elegante. "O que foi?", perguntou pingando.
"Vim me apresentar espontaneamente. Eu sou o estrangulador da Lapa."
Ele ficou me olhando assustado.
Facas, punhais, revólveres, estricnina. Facas. Facas.Facas. Que coisa desagradável: eu continuava com aquele cheiro a bunda na boca."

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Para mim, o melhor destes 3. Conta a história de Reizinho, que aos 11 anos começa a trabalhar para o traficante líder do morro. É de cortar a respiração. Tanto é divertido, como nos dá um soco no estômago que nos deixa sem palavras.
O miúdo é esperto, observador e apreende com mestria todos os truques e segredos do líder...um dia será ele a mandar no morro, aquele que terá as mais belas garotas e a pessoa mais importante e respeitada.


Air Force One



Aqui ao lado está uma foto do avião do presidente dos EUA, o Air Force One, com um grafiti. O autor da façanha conseguiu iludir a segurança e escreveu no avião "still free".

O tipo chama-se Marc Ecko e tem um site onde justifica a ousadia. Aqui .

terça-feira, abril 18, 2006

Discos...



Ela disse:

-Mas...tu ainda compras discos ?

Ele disse:

- Não...estou só a ver.

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Mais vale sacar do que pagar!

quinta-feira, abril 13, 2006

...os filhos, o amor e a cidade...


O Azul....




JP aos 3 anos

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A Felicidade...

DM aos 4 anos

O Amor solta-se no parque...

Aqui

Estamos

Entre

Os Filhos

O Amor

E

A Cidade...

Barreiro, 13 ABRil 2006

quarta-feira, abril 12, 2006

Portugal. The Man

Aqui estão mais uns que em breve serão famosos em todo o planeta. Inicialmente, a sua música estranha-se (o que costuma ser bom indício) e até parece que as peças não encaixam, mas pouco a pouco...vai-se entranhando e tudo começa a fazer sentido. E o que dizer do nome ?

Chamam-se:

Portugal. The Man


Pode-se ouvir aqui 3 temas:
http://www.myspace.com/portugaltheman

Album de 2006:
" Waiter: You Vultures!"

De onde são?
Wasilla, ALASKA, Estados Unidos.

sexta-feira, abril 07, 2006

Imagem da Semana

Fatal


Depois daquele memorável descruzar de pernas...aí está o "Instinto Fatal 2". Ainda não vi, mas quero ver. As críticas que li têm cascado no filme, mas não importa (também não tenho por hábito ligar aos críticos de cinema). A mulheraça, agora mais madura e sabida, vale bem a pena e pelo que se vê no trailer...hum, não deve ser tempo perdido. Sharon tu levantes mortos da tumba, pá! És uma granda STONE!

segunda-feira, abril 03, 2006

Fomos à Bo(r)la !

Lisboa, 1 de Abril de 2006, Sábado.


Eram quase 7 da tarde e a fome já apertava. Fomos aos pastéis de Belém. Desistimos porque a fila chegava à porta. Bandos de camones e outros turistas enchiam a zona, munidos das suas máquinas digitais e sorrisos estampados nos rostos.
Enfiámos pelo jardim em frente e só se viam pessoas com pacotes de batatas fritas Pála-Pála. Boa! Na parte traseira de um camião uns jovens ofereciam dois pacotes a cada pessoa. Já tínhamos lanche e ainda sobrava para o jantar. Passeámos pelo Padrão dos Descobrimentos e arredores, tirámos umas fotos e pusemos a conversa em dia.

Junto ao Estádio do Restelo havia várias barraquinhas de comes e bebes. Escolhemos uma cujo toldo dizia “Zeca Diabo”. Uma senhora com sotaque do nuorte preparava os comes enquanto o marido e filha serviam e tratavam dos bebes. Pedimos dois hambúrgueres, um cachorro e uma bifana, mais imperiais e refrigerantes. Juntámos as batatas e ficámos jantados.

Munidos dos bilhetes arranjados à borlix, dirigimo-nos para a porta 12. Que por acaso é o nosso número da sorte. Apresentação do bilhete e revista pela Polícia. O que me apalpou sentiu um objecto bicudo no bolso do casaco.
- Eh lá!, o que é que tem aqui dentro?
- É a chave do carro. Respondi eu, enquanto retirava a mesma do bolso.
- Sim senhor, pode seguir!

Bancada lateral, sector 17, Fila Q, lugares 7, 8, 9 e 10. Um belíssimo estádio e uma bela noite para ver ao vivo o jogo entre o Belenenses e o Benfica. Assim que entrámos na bancada vimos logo pessoal do Barreiro- era o Peixoto e as filhas. Lá gritámos, saltámos, insultámos a equipa de arbitragem com caras e alhadas e no final saímos satisfeitos com a vitória do SLB por 2 a 1. Os de Belém marcaram logo de início, mas o Benfica foi para cima deles e, primeiro por Miccoli e depois por Karagounis, deu a volta ao jogo de forma categórica.

Antes do início da partida, estava junto a nós um tipo de pé e de cigarrinho nos beiços que provocava o pessoal, na sua maioria afecto ao SLB, com coisas do género:
- Tomem lá, embrulhem! O Liedson acabou de marcar ao Guimarães! E vocês hoje levam aqui três na bilha, seus lampiões!
E mais:
- Já estive ali no bar a beber umas águas…Bem, agora vou beber mais uma água que já tenho a garganta seca!
Um sportinguista à procura de sarilhos ali no meio de benfiquistas?!
Bem, sportinguista era de certeza. Só que…tratava-se de um agente da autoridade de serviço ao jogo e, pelos vistos, bastante apreciador de águas…das de Vialonga.