Era uma vez uma moça de Beja que era a alegria de maquinistas e outros funcionários da CP. Mas principalmente de maquinistas. Era uma boa destressante. Parava à noite nas imediações da estação e junto ao restaurante. Os seus serviços granjearam enorme reputação por aquelas banda (e não só) e não se esticava nos preços. Era bonita e bem dotada, principalmente no tocava à bunda. E era a bunda que ela vendia. E nada mais que a bunda. Mas consta que era do melhor que havia. Até se dizia: "se queres bom cu em Beja...".
Era a alegria da cidade.
Mas como tudo o que é bom se acaba, certo dia a moça disse adeus a Beja e veio para a grande cidade à procura de melhor sorte. E como a sorte também bate à porta de quem se esforça - então com uma carinha laroca e um corpinho que pede moca- singrou no exigente mundo da moda e aparece em revistas cor-de-rosa e em festas promocionais da inutilidade vip nacional.
E era uma vez um maquinista da CP, que em tempos foi feliz na planície alentejana e me deixou este testemunho, que só pode ser fruto da sua imaginação.
As Cinderelas não existem, nem sequer em Beja.
quinta-feira, novembro 23, 2006
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