terça-feira, janeiro 30, 2007

Bicos Gramaticais

UMA:
-Então isso vai melhor?
-Fui ao hospital e o médico disse-me que isto agora ´tá estacionado.

DUAS:
-São tudo mentiras; querem é negredir a imagem do homem!

TRÊS:
-O homem foi ouvido e está como erguido no processo.


segunda-feira, janeiro 29, 2007

Fim-de-Semana

...e, tal como há um ano, voltou a nevar na zona de Lisboa! E eu que não dei por nada.

No Sábado fomos com os putos ver o Belenenses-Benfica. Estava cá um briol!
Fiquei a saber que o Nuno Gomes é também conhecido por "Floribella" e "Maria Amélia", e que não pratica futebol mas sim ballet...foi o que se ouviu nas bancadas.

Uma água: 2 euros.
Uma imperial: 2 euros.

O treinador, Fernando Santos, é tão amado que só o querem ver pelas costas. Deixou o Mantorras a aquecer durante toda a 2ª parte, para o meter a 5 minutos do fim!? Mas, antes disso, decidiu meter o Manu, e o Belenenses continuou em cima de nós. Mas o homem percebe daquilo?

O Benfica tem duas claques organizadas: No Name Boys e Diabos Vermelhos. Quase tudo malta entre os 16/17 e os 30 anos. Antes do jogo fazem o aquecimento nas tascas e esplanadas da zona. Ficam devidamente separadas porque não se gramam lá muito bem. Vá lá a gente perceber isto! Então não apoiam o mesmo? Enfim...
Ao intervalo há uma confusão entre as duas, a polícia entra por ali a distribuir cacetetes a torto e a direito e tudo acaba com um detido. Volta a normalidade e entra uma banda filarmónica que dá a volta ao campo.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

TOM ZÉ - Politicar

Filha da prática
Filha da tática
Filha da máquina
Essa gruta sem-vergonha
Na entranha
Não estranha nada

Meta sua grandeza
No Banco da esquina
Vá tomar no Verbo
Seu filho da letra

Meta sua usura
Na multinacional
Vá tomar na virgem
Seu filho da cruz.

Meta sua moral
Regras e regulamentos
Escritórios e gravatas
Sua sessão solene.

Pegue, junte tudo
Passe vaselina
Enfie, soque, meta
No tanque de gasolina

Eu, Leitor...

Pois é...Eu admito, aliás, confesso que não resisti e li o livro. O mais badalado dos últimos tempos. Mas não o comprei, foi-me emprestado. Aquilo é leitura para umas duas horas e tal e já está.
E ainda bem...
Conta resumidamente a vida da senhora desde o nascimento até ao fim do romance com Pinto da Costa. A infância, a adolescência, a família, a grande ligação com a avó e a morte desta. Aos 16 anos envolve-se com um tipo de 40 e tal, que era um mulherengo e pouco recomendável, e entra em ruptura com a família. Foge com ele. Depois é internada num colégio de freiras, regressa a casa e reconcilia-se com os seus. Volta a fugir com o homem, tem dois filhos, a sua vida torna-se um inferno e um dia foge com os miúdos para casa de um tio. No entanto, o dinheiro não abunda e, através de uma amiga, vai trabalhar para a casa de alterne "O Calor da Noite", o que lhe permite equilibrar as finanças. Tinha 22 anos.

Neste estabelecimento contacta com os habituais cromos que o frequentam: tipos em crise conjugal, desavindos com filhos, solitários, os respeitadores que só querem conversar, os abusadores-como empreiteiros que se julgam os donos do mundo e só dizem alarvidades, além de tratarem os outros abaixo de cão, dirigentes e empresários do futebol, entre os quais os do Futebol Clube do Porto. Pouco depois seria apresentada a Pinto da Costa, que se torna presença assídua, levando-a a casa e começando a sair juntos. Iniciam uma relação. Novamente outro homem bem mais velho.

O presidente do FCP arranja-lhe casa. Deixa a casa de alterne, após a família descobrir. Todos pensavam que trabalhava à noite na bilheteira de um cinema. Uns tempos depois, dá-se a primeira desilusão, ao descobrir que Pinto da Costa é casado. Chateiam-se, mas ele dá-lhe a volta e ela perdoa-lhe. Começa a ser ameaçada pela mulher dele, uma tal de Filomena, que até lhe faz esperas.

O livro fala bastante dos cães e gatos que vivem com eles. Começa a acompanhar a vida do clube ao lado do seu presidente, e é quando se torna conhecida. Para além dos episódios da intimidade do casal, fala dos dirigentes e outros que prestam vassalagem a Jorge Nuno, do seu imenso poder, dos árbitros controlados e que vão lá a casa, dos telefonemas para influenciar, meter a cunha, pagar ou fazer um favor, dos sucessos do clube e dos jogos, dos seus ódios de estimação, como o Benfica e o Scolari (o homem até comemorou com champanhe a vitória da Grécia no Euro 2004!), do caso "Apito Dourado" e sua fuga estratégica para a Galiza, da tareia ao vereador de Gondomar, e por aí fora; todos já largamente divulgados na comunicação social.

E pouco mais tem.

Em resumo aquilo é do género:
Fui feliz com o Pinto da Costa, tratava-o com um príncipe, como um "filho", mas, a partir de certa altura, fui posta de parte e levei um valente chuto do homem a quem dedicara 6 anos da minha vida, dando a cara por ele e defendendo-o até ao fim do mundo.

Reconheço-lhe todo o direito em ficar magoada com o senhor, agora meter aquilo tudo num livro e publicar é uma vingança fria e bem servida.

Pormenores íntimos à parte, aquilo que ela conta fica-se apenas pela rama, é muita parra e pouca uva, é tudo aflorado de uma forma muito superficial. Diria mesmo mais: Aquilo como livro é uma merda! Aliás, aquilo é uma valente bosta!

segunda-feira, janeiro 22, 2007

VIEUX FARKA TOURE "ANA"

From Bamako to the world
http://www.vieuxfarkatoure.com

O anterior era um improviso, este é o single "Ana".
Vieux Farka Toure (solo guitar 3)

Prestes a editar o seu álbum homónimo, há que fixar este nome: VIEUX FARKA TOURE. Sim senhor, é mesmo filho do grande ALI, falecido em 2006. Nota-se o espírito do progenitor mas o moço é mesmo muito bom! Musicalmente o mês de Janeiro está salvo! Grande som...é aquele balanço...um transe, sei lá...

domingo, janeiro 21, 2007

The Smiths - What Difference Does It Make

quinta-feira, janeiro 18, 2007

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Em Monsanto




Em Monsanto, lá para os lados de Idanha, abriu um restaurante que é uma pedra!

Até veio no DN e tudo!

Granitos & Petiscos.

A ver se vamos lá da próxima vez que formos para aquelas bandas.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Ele, Saddam

- Um criado para todo o serviço -

Regressados ao mundo real, após uns dias desligados, fala-se (desde 30 Dez.) do enforcamento de Saddam - esse facínora, como lhe chamam.

Quando o condenaram à forca, falei aqui da questão dos clones (meio a brincar, é certo), mas a questão tem mais que se lhe diga. Se era certo e sabido, e fartamente divulgado há uns anos, que o ditador tinha ao seu serviço uma meia dúzia de clones, é de estranhar que, desde o momento em que foi supostamente apanhado, não mais se tenha falado destes indíviduos que se faziam passar por ele em inúmeras ocasiões públicas, como forma de protecção. As notícias deixaram de se debruçar sobre isto. Porquê?

Porque não questionar se teriam apanhado o verdadeiro?
Não podia ele já ter falecido há uns anos e terem usado duplos(actores) para justificar políticas e guerras?
Tinha alguma lógica aparecer a toda a hora aquele Ministro da Informação do Iraque com declarações absurdas, quando os invasores estavam a entrar em Bagdad?
Onde andava Saddam nesses dias?
Então, e nesses dias, de repente fugiu todo o Estado-Maior iraquiano borrados de medo?
Não tinham eles um exército devidamente organizado e obediente à voz de comando de um ditador?
Não defendiam a honra e a soberania do seu país?
Não foi aquilo um passeio devidamente televisionado quase em directo?

A não ser que, concretamente, talvez já não houvesse quem mandasse naquilo.

Não seriam os poderes ocultos americanos a planear toda esta trama hollywoodesca?

É que o Saddam foi uma peça importante ao serviço dos EUA, quando estes entenderam que queriam mudar regimes, promover golpes de estado, atacar outros países ou legitimar certas práticas do interesse das grandes corporações financeiras que dominam o planeta.

Não foi tudo uma encenação?

Ai, não?

É que parece. Digo eu.

Resumo de uma vida.

Olhó maluco das conspirações!
Pois é! Pois é!

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Revelhão 2006/2007


Passagem de ano no interior desterrado. Para mim um regresso às origens, fora daquele rebuliço de Agosto. Estar lá e durante 4 dias viver a vida sem pressas, com tempo para comer, beber, conversar, desconversar, falar mal e porcamente, reencontrar as pessoas e sentir o calor da sua hospitalidade e simplicidade. Pessoas que gostam de partilhar o que têm, sejam laranjas, legumes, azeitonas, chouriços ou lenha. Só pedem em troca um sorriso de agradecimento e o nosso bem estar. Sim, é verdade, isto ainda existe em Portugal.
As paisagens estavam fabulosas. Aquele sol a romper a névoa, a chuva miúda no 1º dia, os campos verdes, a vista desde a igreja...
Uma excelente companhia em doce comunhão. Boa comida feita por todos. Feijoada, Lombinhos, Camarão em Cerveja, Frango Gratinado, Chouriços e Morcelas Assadas na Brasa, vinhos da Catalunha, Austrália, Cova da Beira, Felgueiras e Alentejo. O pão maravilhoso que a Ti Marizé faz todos os dias no seu forno a lenha, à boa maneira tradicional.
O sabor não tem comparação com o que comemos aqui. Belos passeios pelos campos (corta-mato, como diziam os putos) e pelas ruas da aldeia. E à noite dormir sem ruídos, ouvindo apenas os cães que ladram ou um motor que se perde na lonjura. E acordarmos bem dispostos (até eu!) e ir ao pão, ainda quentinho, para o pequeno almoço.
Cantámos, rimos, dissemos o que nos apeteceu...Com tempo para tudo. Foram longos serões à lareira, toda a gente a cheirar a fumo, como bons campónios temporários.
Uma bela sensação de paz e sossego. Um tempo que parou...por uns dias. O recarregar das energias do corpo e da alma para enfrentar ano que começa.

E fica a promessa do regresso.

Rosmaninhal, dias 30/31 Dez. 2006 e 1/2 Jan.2007.
Concelho de Idanha-A-Nova, Distrito de Castelo Branco.
Fica a 325 Kms do Barreiro (porta-a-porta).