quarta-feira, novembro 29, 2006

O Homem da Bomba




Isto deve ser levado a sério?

Este gajo será bom da cabeça?

Alguma vez se saberá?

******

Parece que já prescreveu.

Também o maluquinho dos caixotes do lixo afirma que foi ele quem fez a bomba.

Tudo foi feito para que não se soubesse.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Sou Um...




sou um homem
um poeta
uma máquina de passar vidro colorido
um copo uma pedra
uma pedra configurada
um avião que sobe levando-te nos seus braços
que atravessam agora o último glaciar da terra


" Se houvesse eternidade, era uma coisa, mas não há
Para que é que a vida serve?
Para foder, que é muito bom. Para amar. E para morrer."

Mário CesArinY

sexta-feira, novembro 24, 2006

Mais Claro Que a Clara do Ovo

O Ministro da Saúde chegou à SIC e disse:

«Os grupos privados [do sector da saúde] têm a sua política e pagam aos senhores jornalistas para porem notícias nos jornais e nas televisões.»

Se alguém ainda tinha dúvidas...Toma lá e embrulha!

É Mesmo Aqui ao Lado


Dia 1 Dezembro - 22 h - 15 euros - Wim Mertens


Dia 7 Dezembro - 22 h - 12 euros - Jacinta

Fórum Cultural José Manuel Figueiredo - Rua José Vicente - Baixa da Banheira.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Bom Cu em Beja

Era uma vez uma moça de Beja que era a alegria de maquinistas e outros funcionários da CP. Mas principalmente de maquinistas. Era uma boa destressante. Parava à noite nas imediações da estação e junto ao restaurante. Os seus serviços granjearam enorme reputação por aquelas banda (e não só) e não se esticava nos preços. Era bonita e bem dotada, principalmente no tocava à bunda. E era a bunda que ela vendia. E nada mais que a bunda. Mas consta que era do melhor que havia. Até se dizia: "se queres bom cu em Beja...".
Era a alegria da cidade.

Mas como tudo o que é bom se acaba, certo dia a moça disse adeus a Beja e veio para a grande cidade à procura de melhor sorte. E como a sorte também bate à porta de quem se esforça - então com uma carinha laroca e um corpinho que pede moca- singrou no exigente mundo da moda e aparece em revistas cor-de-rosa e em festas promocionais da inutilidade vip nacional.

E era uma vez um maquinista da CP, que em tempos foi feliz na planície alentejana e me deixou este testemunho, que só pode ser fruto da sua imaginação.

As Cinderelas não existem, nem sequer em Beja.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Luz da Manhã


vem de mansinho
sobre o rio
nuvem negra
da manhã

vou contra a corrente
dos apressados
gaivota deslocada
luz que irrompe
livre e amarrada

sem opções não se faz nada

**aos 22 de Novembro de 2006**

sexta-feira, novembro 17, 2006

Aquela Altura do Ano...

Está a chegar aquela altura do ano em que... se fazem as listinhas dos melhores/piores...um barbudo distribuidor de prendas aparece em todo o lado...dá o natal dos hospitais...fica um frio do camandro...acendemos a lareira...montamos a árvores de natal...vamos à terra...enfardamos carradas de doces...recebo garrafas de uísque...renovo as peúgas...se ouve de novo o do they know it´s christmas...e o jingó bé...e a raça humana é fantástica...e tudo e tudo e tudo, amori!

Duas Curtas da Guerra Colonial

Por vezes as pessoas recordam, em conversas, episódios da guerra colonial. Eu ouço algumas histórias, e é notório que aquilo ainda mexe muito com eles. Conseguem fazer relatos extremamente minuciosos, como se tivessem ocorrido há uns meros meses. É impressionante. Eram jovens, não conheciam nada para além das suas santas terrinhas e foram enviados para África combater. Era matar para não morrer. Tudo o que mexesse, literalmente. Adultos, mulheres, crianças, velhos, animais, etc, não se faziam distinções. Não havia tempo. Não se questionava. Eram homens de acção.
Edificaram-se amizades, juras, camaradagem, sonhos, amores distantes, sexo pago com nativas, onanismos, copos… vida e morte…céu e inferno. Não tiveram escolha.
Foi há mais de trinta anos e as memórias continuam presentes.
Não foi assim há tanto tempo.

Aqui vão duas que ouvi contar:


1

As casas dos sargentos e dos oficiais encontravam-se dentro do aquartelamento. Guiné.
Ali viviam com as suas famílias, constituídas na sua maioria apenas pelas respectivas mulheres. Havia poucas crianças.
Certa noite, a esposa de um sargento que estava ausente há vários dias, interpelou o cabo que trabalhava na messe.
-A que horas fechas a messe?
-Às duas da manhã. Respondeu.
- Olha, passa lá por casa, preciso que me faças um favor.
O cabo assim fez. Após fechar e largar o serviço, bateu à porta da senhora. Esta apareceu-lhe em trajes menores e mandou-o entrar. Parece que aqueles calores africanos e a ausência do marido punham a mulher fora de si. Ela queria que alguém apagasse aquele fogo que a consumia. Passara o dia a preparar no encontro com aquele soldado jeitoso. Mas este, desconfiado e com medo de eventuais represálias, para mais tratando-se da esposa de um superior, recuou, pediu imensa desculpa e foi-se embora, prometendo que não contaria a ninguém. Com grande pena sua, resistiu à tentação.

No dia seguinte, tinha sido entregue no comando uma participação contra si por tentativa de violação.
Resultado: 7 meses de prisão no forte de Elvas.



2

História parecida com a anterior. Moçambique.
A mulher de um certo oficial pediu a um soldado para passar lá por casa para lhe fazer um favor, carregar umas coisas e tal…
Ao ver o que ela queria, o soldado foi-se embora, com medo de vir a ter problemas. Não se podia arriscar daquela maneira e, quando pudesse, saciaria os seus desejos numa negra, como era costume.
No dia seguinte dá entrada uma participação contra si. O comandante chama-o para ser ouvido. Jura que é mentira e aposta em como a senhora vai retirar a queixa ainda naquele dia.
Dirige-se a casa da dita senhora, bate à porta e esta vem atender. Ele tem uma granada na mão e diz à tipa:
-Ou você retira ainda hoje a participação, ou puxo da cavilha e pode ter a certeza que não vou preso…posso ir p´ró caixão, mas você também vai!
Resultado: A esposa do oficial retirou a participação e não se falou mais nisso.

quarta-feira, novembro 15, 2006

terça-feira, novembro 14, 2006

Censurados...Até Morrer!


Lançamento previsto para 16 de Novembro. É a biografia da mítica banda punk portuguesa, da autoria de Augusto Figueira e Renato Conteiro.

Fala das origens desde os bancos de jardim de Alvalade, das histórias dos ensaios em garagens e quartos sem espaço, sabão no cabelo, botas da tropa, a revolta, a critica social, os concertos, os amigos, as zangas e traições, entradas e saídas, bandas antecedentes como os Ku de Judas, os Trip D´Axe, a relação com os Xutos, os N.A.M.(Núcleo de Atrasados Mentais), e muito mais...toda uma série de peripécias que fizeram a história da banda e daqueles que os seguiam.
Estes N.A.M. vi-os uma vez no RRV, num domingo à tarde, juntamente com os Cianeto. Eram muito bons; tinham garra e um grande speed para a época (tipo Suicidal Tendencies). Recordo-me que havia imenso mosh e stage-diving. Aquilo estava cheio de malta. A dada altura há um gajo que se atira para o meio da assistência e aterrou de cabeça no chão, tendo ficado mesmo muito mal tratado. Foi levado para o hospital.
E tenho belas recordações dos concertos dos Censurados: Uma primeira parte com os Xutos nas festas de Agosto do Ladoeiro (Idanha-A-Nova), no pavilhão da Quimigal com os V12 (heavy metal) , no Johnny Guitar (12/12 foi o melhor de sempre!) e na Cidade Universitária (Alecrim aos molhos).
Tinham atitude, boas canções, falavam do quotidiano urbano sem papas na língua e davam óptimos concertos. Duraram 4 anos, gravaram 3 discos e foram memoráveis. Ao vivo tinham uma pica do caraças!
O livro foi-me entregue em mão pelo Augusto Figueira e, do que li até agora, estou a gostar e a relembrar coisas que me marcaram.
Fazem falta em Portugal mais livros biográficos, que falem das nossas músicas e artes em geral. Embora neste ano já tenham saído livros do Sérgio Godinho e António Variações, há ainda muito por fazer. Se qualquer cozinheiro, opinador, figura de tv, taróloga, cartomante, etc, edita livros, não se compreende porque não há mais sobre música.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Voltar

Gostei de VOLTAR a ver um filme do Pedro Almodóvar. Ainda hoje não vi o anterior, "Má Educação", e o último tinha sido o "Fala Com Ela", mas em dvd (não é a mesma coisa e costumo adormecer no sofá). A Penélope (Cruzes canhoto!) está um espanto de mulher. Que graciosidade, minha nossa! Enche o ecran. Em Hollywood tem ganho montes de massa a fazer filmes da treta, mas nunca a tinha visto tão bem como neste.

Centrado num universo de três gerações de mulheres e na forma como a morte, o amor e a mentira marcam as relações familiares, no passado e no presente. Desde uma aldeia perdida até à grande cidade. Excelente.


Ah, fomos vê-lo aos cinemas do Feira Nova porque é mais perto e não deve estar lá muito mais tempo em exebição. Mas aquilo, de facto, está uma lástima.
Um simpático brasileiro, tanto atende ao bar como às bilheteiras, no intervalo aproveita para comer um bolito, enquanto a sua colega passa com uma sopa que será o seu jantar, o ar condicionado estava ligado no frio (ainda bem que levei o casaco) que parecia estar na Sibéria, na sala só nós dois e mais ninguém (esta é a parte boa). Lá tive que pedir ao moço para desligar aquilo, senão pedia uma indemnização por atentado contra a minha saúde, e ele tratou logo do assunto. No chão, por entre as cadeiras, há restos de comida e pacotes das sessões anteriores. Pelo que se vê, pressente-se que aquilo não se deve aguentar muito mais tempo aberto.
De outra vez fomos ver um filme com os putos e nem sequer tinham pipocas!? Numa caixa apresentavam-se dois chocolates mars com mau aspecto, que até os putos se chatearam comigo por me ter recusado a comprar aquilo.
Só lá vou porque é o mais próximo que temos.

VOLTAR é bom, mas voltar aos cinemas do Feira Nova é que já não sei, não!

quarta-feira, novembro 08, 2006

Princesas

Hoy no somos putas
Hoy somos princesas

Voy calle abajo, voy calle arriba
No me rebajo ni por la vida

Me llaman calle

http://www.youtube.com/watch?v=jijOuX7P3Ts

segunda-feira, novembro 06, 2006

Saddam é...



Para completar a posta anterior.

E.U.Forcado





Sec.XXI.

A caminho da democracia.

Condenado à forca.

Qual deles?

Sim, se o gajo tinha uma carrada de duplos ao seu serviço, não terão eles apanhado e condenado um reles sósia, ou condenado o verdadeiro para enforcar outro?

A gente já desconfia de tudo...

Eu também me estou a cagar para o destino do Saddam. Mas à forca? Não se arranja nada mais...humano...quer dizer, menos medieval?