No ano 2000, Saddam anunciou que iria quotar o seu petróleo em euros. Três anos depois o Iraque foi invadido sob o pretexto de que tinham um programa sofisticado de armas de destruição em massa. Não tinham. Mas tinham e têm petróleo.
Para Março de 2006, o Irão pretende iniciar a comercialização do seu petróleo em euros. Nos últimos tempos, este país tem sido acusado de desenvolver um programa nuclear e está a ser ameaçado de que sofrerá sansões ou poderá mesmo ser atacado.
É certo que nos próximos tempos vamos ouvir repetidas vezes esta ladaínha: os tipos são perigosos fanáticos e estão a desenvolver a bomba atómica para nos atacar e corremos todos perigo, portanto, antes que isso aconteça, temos que os atacar nós a eles. E os EUA levarão o assunto à ONU e a história parece repetir-se. Parece...
Eis o pretexto que está a ser usado para iniciar uma nova guerra.
Na verdade, o que está em causa é que os planos económicos do Irão ameaçam o domínio do dólar no actual sistema global, no qual os EUA monopolizam o comércio do petróleo.
De referir que Mohammed ElBaradei, responsável máximo da AIEA, já disse reiteradamente que a sua agência de vigilância não encontrou "qualquer evidência" de um programa de armas nucleares.
Aqui deixo uma citação (não me lembro de quem) para rematar:
"…desde 1945 até 2005 os Estados Unidos tentaram derrubar 50 governos, muitos deles democracias, e esmagar 30 movimentos populares que combatiam regimes tirânicos. Neste processo, 25 países foram bombardeados, provocando a perda de vários milhões de vidas e o desespero de milhões."
terça-feira, janeiro 31, 2006
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1 comentário:
Pois é, parece que o Bush já disse que têm de arranjar uma alternativa ao petróleo.
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