terça-feira, abril 17, 2007

Uma Democrática Máquina de Lavar




Segundo uma investigação do congressso dos EUA no ano de 2001, os bancos europeus e americanos lavam anualmente entre 500 mil milhões e 1 bilião de dólares do dinheiro procedente do crime internacional. Principalmente relacionado com a droga. Metade deste dinheiro é lavado pelos bancos americanos e é posto a circular na sua própria economia.

O que é que isto significa?

Significa que, sem este dinheiro, a sua economia, o valor do dólar e o seu estilo de vida entrariam em colapso. O dinheiro sujo cobre uma parte importante do défice americano, nenhum político, democrata ou republicano, quer cortar o fluxo deste dinheiro. Nem pode. A economia seria arruinada. A liderar o sistema de lavagem estão os insuspeitos maiores bancos daquele país e as grandes empresas cotadas nas bolsas.

No topo da pirâmide está o Citibank, o maior banco americano. Utiliza um sofisticado sistema clandestino de lavagem e opera em cerca de 100 países. A CIA utiliza-o. Financiou e lavou dinheiro de Raul Salinas (irmão do ex-presidente do México), financiou Omar Bongo(ditador do Gabão), os filhos do general Abacha (ex-ditador da Nigéria), entre outros . E há ainda o caso de Roberto Hernandez, grande proprietário de 15.000 hectares de terras junto a Cancún, México, conhecidas com a “península da cocaína”. A revista Por Esto publicou uma investigação que vinculava Hernandez ao tráfico de toneladas de cocaína para os EUA. A revista foi processada, mas o tribunal deu razão e por provado o artigo publicado. De referir que Hernandez é muito amigo de Clinton e de Vincent Fox, o que já de si diz muito.
Este Hernandez era dono do gigante mexicano Banamex , que foi comprado pelo Citibank. Hernandez converteu-se em conselheiro do Citibank.

Sem sequer as pessoas se darem conta, este dinheiro é parte muito importante do sistema financeiro. E como afirmou o vice-presidente Dick Cheney “o estilo de vida norte-americano é inegociável”.

(conferir em: danielestulin.com)

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