E ainda bem...

Neste estabelecimento contacta com os habituais cromos que o frequentam: tipos em crise conjugal, desavindos com filhos, solitários, os respeitadores que só querem conversar, os abusadores-como empreiteiros que se julgam os donos do mundo e só dizem alarvidades, além de tratarem os outros abaixo de cão, dirigentes e empresários do futebol, entre os quais os do Futebol Clube do Porto. Pouco depois seria apresentada a Pinto da Costa, que se torna presença assídua, levando-a a casa e começando a sair juntos. Iniciam uma relação. Novamente outro homem bem mais velho.
O presidente do FCP arranja-lhe casa. Deixa a casa de alterne, após a família descobrir. Todos pensavam que trabalhava à noite na bilheteira de um cinema. Uns tempos depois, dá-se a primeira desilusão, ao descobrir que Pinto da Costa é casado. Chateiam-se, mas ele dá-lhe a volta e ela perdoa-lhe. Começa a ser ameaçada pela mulher dele, uma tal de Filomena, que até lhe faz esperas.
O livro fala bastante dos cães e gatos que vivem com eles. Começa a acompanhar a vida do clube ao lado do seu presidente, e é quando se torna conhecida. Para além dos episódios da intimidade do casal, fala dos dirigentes e outros que prestam vassalagem a Jorge Nuno, do seu imenso poder, dos árbitros controlados e que vão lá a casa, dos telefonemas para influenciar, meter a cunha, pagar ou fazer um favor, dos sucessos do clube e dos jogos, dos seus ódios de estimação, como o Benfica e o Scolari (o homem até comemorou com champanhe a vitória da Grécia no Euro 2004!), do caso "Apito Dourado" e sua fuga estratégica para a Galiza, da tareia ao vereador de Gondomar, e por aí fora; todos já largamente divulgados na comunicação social.
E pouco mais tem.
Em resumo aquilo é do género:
Fui feliz com o Pinto da Costa, tratava-o com um príncipe, como um "filho", mas, a partir de certa altura, fui posta de parte e levei um valente chuto do homem a quem dedicara 6 anos da minha vida, dando a cara por ele e defendendo-o até ao fim do mundo.
Reconheço-lhe todo o direito em ficar magoada com o senhor, agora meter aquilo tudo num livro e publicar é uma vingança fria e bem servida.
Pormenores íntimos à parte, aquilo que ela conta fica-se apenas pela rama, é muita parra e pouca uva, é tudo aflorado de uma forma muito superficial. Diria mesmo mais: Aquilo como livro é uma merda! Aliás, aquilo é uma valente bosta!
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