"Agora que já lá estamos, vamos ter tudo aquilo com que sonhámos"
Ironizavam os GNR, no seu clássico Portugal na CEE.
Era tudo bom, vinha aí o progresso, melhor nível de vida, mais emprego, uma união de países de mãos dados e mais blá, blá, blá até cair. Tudo rosas. Não fomos chamados a decidir se queríamos embarcar nisto. Nem seremos no futuro.
Ah e tal, podemos circular "livremente" no espaço Shogun (ou lá como é que se chama), visitar os primos na França, ir a Badajoz, Maiorca, Ayamonte, Londres and so on, sem mostrar o BI ou o Passaporte. Sim senhor, muito bom!
Esta treta da UE é feita pelos ricos, para os ricos e explorando até ao tutano a maioria da população. Naqueles países com salários melhores e reformas jeitosas as pessoas ainda aguentam o embate, têm os imigras a fazer o trabalhos mais sujos e não sentem tanto as dificuldades como nós.
Mas aqui, no traseiro do continente, já começamos a sufocar com tanta Europa, até o mais alienado dos cidadãos, até o grunho da bola já viu que fomos todos enganados, principalmente com o euro.
Eu pensava que só acontecia comigo, mas quanto mais falo com outras pessoas mais reparo que a conclusão é sempre a mesma:
- Ninguém consegue juntar dinheiro; é chapa ganha, chapa gasta. Andamos cá para pagar contas e pouco mais. A malta só se aguenta até ao fim do mês com alguma criatividade e malabarismo financeiro. E quem é que não anda a pagar créditos, hem? Cada vez mais...
Temos a presidência por 6 meses-para mostrar uma imagem lavadinha, cheia de projectos de fachada, mão estendida aos que mandam naquilo, mandem lá mais uns pilins sff, desta é que vai ser, vocês vão ver..., é tempo para perguntar:
Para onde vai esta aventura da UE?
Entretanto, por cá, vamos entrando progressivamente num clima de intimidação, bufaria de estado, perseguição rasca e pacóvia, autoritarismo, vigilância de estado sobre os cidadãos, silenciamento da livre informação (da pouca que resta), ditadura dos impostos, privatização dos serviços públicos que dão lucro, desemprego, emprego precário, endividamento, enfim, uma lista de porcarias que nunca mais acaba.
Mas a malta aguenta...até aguentar.
E ninguém põe isto em causa? Não se podia voltar atrás em matérias que falharam, como no caso da moeda única? Não podiam ter definido apenas um valor único para os câmbios e mantinham as moedas de cada país?
Rumamos para o federalismo, só pode ser.
E aquela coisa sinistra do Banco Central que legitimidade tem para impôr cada vez mais austeridade? Nem sequer são eleitos, nem prestam contas a qualquer entidade minimamente independente, ou com legitimiade democrática. Sei lá se aquilo não serve para negócios escuros ou de lavandaria capitalista. Ninguém sabe.
Pronto, foi um desabafo. Agora de dar um bafo de nicotina e amanhã é um novo dia.
O Sócrates trata-nos da saúde, trata!
quarta-feira, julho 04, 2007
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