sexta-feira, outubro 28, 2005

Avian Flu

We bring to the attention of Global Research readers this important commentary by Dr.Joseph Mercola.
The fundamental issue is who owns the intellectual property rights over Tamiflu. The media reports suggest that the Swiss pharmaceutical company Roche will make billions. While the drug is produced by Roche, it was developed by Gilead Sciences Inc.which owns the intellectual property rights. Gilead, which has maintained a low profile, has outsourced the production to Roche.
Donald Rumsfeld was appointed Chairman of Gilead Sciences, Inc. in 1997, a position which he held in the years prior to becoming Secretary of Defense.in the Bush adminstration. Rumsfeld had been on the Board of Directors from the establishment of Gilead in 1987. As confirmed in a company press statement in 1997, Donald H. Rumsfeld assumed the position of Chairman, of GILEAD: : "Gilead is fortunate to have had Don Rumsfeld as a stalwart board member since the company's earliest days, and we are very pleased that he has accepted the Chairmanship," Dr. Riordan said.
"He has played an important role in helping to build and steer the company. His broad experience in leadership positions in both industry and government will serve us well as Gilead continues to build its commercial presence."

quinta-feira, outubro 27, 2005

Rosma, Texas (Continuação)

O Abel reuniu uma matilha de bandidos do pior que se poderia imaginar: Os Calabois, o Cassapo, o Paneta, o Miau, o Vaquinhas, o Tó Pingaroto, o Carlos Caguíta e os Pecados (Sérgio e Quim). Passavam os dias no café do Zé do Leite, que era também o motorista da Rodoviária e deixava a mulher e o filho a tomar conta do estabelecimento durante o dia. Este sítio era o centro da malta nova naquela época (ainda hoje existe, mas perdeu importância) e até organizava bailes no piso de cima. Bebiam-se uns copos na esplanada, jogava-se aos matraquilhos, ao snooker e ia-se até à capela de S.Roque para se fumar qualquer coisa, tocar umas guitarradas, ouvir os UHF e os Pink Floyd num gravador portátil e voltava-se ao café...era um constante ir e vir. Os que tinham mota faziam as suas exibições e recebiam aplausos e vivas, os outros curtiam na mesma, cada um à sua maneira.

O Zé do Leite fartava-se de facturar e certa vez fez lá um baile da vassoura. Este baile consistia em que um gajo tem uma vasoura na mão enquanto os pares de sexo oposto vão dançando, depois tem que entregar a vassoura a outro gajo e ficar ele a dançar com a miúda. Quando acabava a música aquele que estivesse com a vassoura pagava uma rodada à malta.
Estava o Carlos Caguíta a dançar com a Marimôlha, que era irmã do Vaquinhas, e a música "Je t´aime mois non plus", introduzida no Texas por um emigrante franciú, tinha qualquer coisa que dava logo umas vontades do caraças de ir para trás da Igreja arrenfinfar numa gaja. O Caguíta começou a alambazar-se com a Marimôlha e ela, como era uma rebarbada feia e malcheirosa que morava no campo e só vinha à terra ao fim de semana, estava a gostar da cena. Era piropos ao ouvido, sorrisos marotos, mãos deslizantes e assim...
O Vaquinhas e o Abel aparecem no baile com uma cadela nos cornos que mal se tinham em pé, de cervejas numa mão e cigarro noutra, troncos nus e blusões de ganga sem mangas a dizer Hell´s Angels atrás e umas trunfas até meio das costas que se viu logo que aquilo ia dar espiga. Para mais estavam a abusar da irmã do Vaquinhas. Então, o Abel tira a vassoura das mãos do Joaquim Caixote e vai entregá-la ao Carlos Caguíta para assim acabar com a cena que já envolvia linguados e tudo. O Carlos começa a discutir com o Abel, de repente a música é interrompida e vê-se o Vaquinhas com a coluna de som na mão e atira com ela à cabeça do Joaquim Caixote que tinha aproveitado a deixa e dançava agora com a Marimôlha. Este ao ver o sangue a escorrer-lhe pela cara pega numa grade de cervejas vazias e acerta com ela no Vaquinhas que cai no chão. Gera-se uma grande confusão, vêm dois GNRs que estavam de serviço e bebiam umas minis no piso de baixo, acabam com o baile e levam o Caixote e o Vaquinhas ao posto para interrogatório.

Entretanto a cena acalma e a malta dispersa. Mais tarde, já dispensado pela GNR o Vaquinhas vai ter com o Abel e este vai a casa buscar a caçadeira, dirigem-se a casa do Carlos Caguíta, que tinha o seu quarto no piso de cima e exigiam que este aparecesse à janela para falarem com ele. Mas ele nada, não havia meio de aparecer. Fartando-se de lhe chamar nomes insultuosos, o Abel prega com dois cartuxos na janela que arrebentaram com os vidros, de seguida abre-se a porta da casa e quem se mostra é o Ti Artur, o pai do Carlos que não estava lá porque tinha fugido com medo para a serra e viria a aparecer uns dias mais tarde e com a condição de pagar uma grade de cervejas. Ora o Ti Artur só não andava bebado quando estava a trabalhar no campo a guardar ovelhas e, estando em casa, tinha uma camada que não dizia coisa com coisa. A malta deu de sola, mas o homem ficou com uma fúria tremenda que pegou na caçadeira deu três tiros para o ar e rebentou com um cabo de electricidade daqueles grossos que a aldeia ficou dois dias sem luz. Acabou também por ir ao posto abrir ficha.

Foi o último baile da vassoura que se fez no café do Zé do Leite e desde aquela altura limitou-se a ser apenas um simples café com uma salinha de jogos e pouco mais. Mas a aldeia começou a ficar conhecida por Texas, devido às coboiadas e terror que o grupo do Abel protagonizava e até apagaram o verdadeiro nome da placa que estava à entrada da localidade e escrevam em grandes letras pretas "Texas".

Mais tarde, já nos anos 90 a mesma aldeia viria a ser conhecida por Kuwait, mas isso é uma outra história.

Rosma, Texas

Existe um filme chamado "Paris, Texas" do W.Wenders, que eu adoro...mas antes mesmo deste filme ter sido feito e conhecido, já existia cá em Portugal, na beira baixa, um lugar chamado "Rosma, Texas".
Para aí no inicio dos anos 80, nos tempos do boom do rock tuga, da malta e das gajas da grande Lisboa que passavam lá as férias, das festas de verão na aldeia com porrada todas as noites, com GNRs mais bebados que os Calabois (uma família de três irmãos que só faziam merda), em que a primeira discoteca que abriu na zona era noutra aldeia, que ficava para aí a uns 20 kms pela estrada ou 7/8 kms a corta-mato, o Abel, que foi da minha turma e morava ao lado da minha avó Joana, era o maior mafioso, bandido, bebado e drogado daquelas paragens. Até roubava as próprias irmãs e a avó. O Hell Angel daquele lugar. Foi o primeiro a aparecer com motas mais rápidas e modernas, tipo de moto-cross e assim.

O Abel, começou a ir a Espanha abastecer-se de ganza, heroína e comprimidos e num instante toda a malta aí com cerca de 13, 14, 15 anos ficou agarrada às drogas, principalmente ao cavalo. O ambiente andava de cortar à faca, essa malta não tinha dinheiro e não queria bulir, os velhotes começaram a ser assaltados, ficaram borrados de medo...

Continua----

quarta-feira, outubro 26, 2005

O Tripas

Nos meus tempos de escola primária, havia lá um colega que era conhecido pela alcunha de Tripas. Esta alcunha já vinha do pai e não sei a sua origem.
Ora o Tripas era um tipo curioso...era maluco por motas mas não tinha nenhuma porque não podia comprar. Mas deliciava-se a apreciar as que via passar: Zundaps, Famel , Casal Boss, etc.
Ele invejava especialmente a Famel do Senoca; uma máquina ruidosa que não dava sossego às velhinhas à noite. Escape preso por arames, assento gasto, uma fumarada do caraças a sair do escape ruidoso, sem faróis e capacete nem vê-lo. O Senoca era o motoqueiro solitário da terra que vinha do campo montado na sua Famel a fazer cavalinhos e razías às velhas que encontrava. O Tripas passava-se com esta cena do tipo western, em que o herói solitário aparecia no horizonte cheio de estilo apenas com 14 anos e frequentando ainda a quarta classe. Era o aluno mais velho da escola e o recordista de chumbos. Ela não tinha cabeça para aquilo, a sua vida era a mota, guardar porcos e ovelhas e não tomar banho, a não ser quando havia algum casamento.
O Tripas teria para aí uns 8 anos e, ao ver esta cena, levantava a perna direita, engatava a sua mota imaginária, dava umas três aceleradelas ainda parado e arrancava a toda a velocidade. Fazia uns cavalinhos, umas curvas inclinadas e encostava a máquina ao muro da escola e ia para as aulas desenhar motas nos cadernos e a borrifar-se para o que a professora ensinava.

A malta fartava-se de gozar com o gajo a toda a hora, mas ele continuava naquilo e não levava a mal a brincadeira; para ele tinha mesmo uma mota de verdade e nós eramos parvos porque não percebíamos. Então, mandava o pessoal à merda e arrancava rua abaixo imitando e Senoca nas razías às velhas e aos bebados que encontrava e lhe chamavam "filho dum corno do garoto!".

Certo dia, estavamos na primavera e fazia algum calor, conversa para aqui conversa para ali, a malta resolve ir às abelhas. Ir às abelhas não era para os mais maricas, exigia coragem e maluquice. Os que iam ficavam a uma certa distância das colmeias e, assim que avistavam um enxame delas, pirava-se em passo de corrida. Mas o Tripas não tinha problemas e aceitou a aposta do Senoca: dar uma volta na sua Famel se conseguisse enfiar a cabeça dentro da colmeia. Pensava-se que o gajo ia recusar, mas ele ficou aos pulos de contente e aceitou logo o desafio. Então, enfiou lá a cabeça enquanto a malta se afastava lentamente. Era só abelhas à volta e já não se via nem a cara nem a cabeça do Tripas. Vendo que aquilo ia dar dar merda, a malta deu à sola dali e foi esperá-lo na rua dele. Até que ele aparece montado na mota imaginária e aos ais pelas ruas, as pessoas a virem às portas e janelas ver o que se passava, que desgraça teria acontecido?. Aparece a mãe dele aos gritos "ai meu filho que te fizeram mal!!..." "filhos dum corno que levam com o castigo de Deus!"...
O Tripas teve que ser levado de urgência para o hospital porque a sua cabeça ficou do tamanho de uma abóbora, os olhos, bochechas, lábios, orelhas tudo inchado que metia medo. Ficou lá uns três dias internado e começaram a chamar-lhe Cabeça de Colmeia e ele dizia que o inchaço era o capacete novo que tinha arranjado.
Entretanto, apesar de ter ganho a aposta não foi possivel andar na Famel porque o Senoca se tinha estampado com ela contra a parede da capela de S.Pedro e agora andava a penantes ou de burro quando a deslocação era para mais longe.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Os Três Efes

Curiosidades:

- A direita americana define-se em 3 fs - Faith, Family e Flag

- Também o fascismo português tinha o Fado, Futebol e Fátima

-Portugal está em crise

- Hoje apresentaram o Orçamento de Estado (OE) para 2006 e logo avisaram que vão continuar a enrabar a malta, e a malta vai deixar que estamos na paz do Senhor

- Cavaco já vem no O.E.

- Aumentos vão ser muitos, por exº tabaco, combustíveis, and so on...

- O apresentador tinha cabelos brancos, seria um anjo caído ?

- O fosso entre ricos e pobres vai aumentar

- A taxa de abandono escolar em Portugal é de 40,4%

- Média europeia é de 15,9%

- Venda de carros de luxo em Portugal aumentou 3% em 2004

- Lucros da Santa Casa da Misericórdia subiram 24,7% em 2004

Poemarama

A notícia foi para o ar
a notícia espalhou-se
alguém se queimou
outro não notou
apenas ouviu falar
não conhece detalhes
parece tudo igual
está tudo mal

A cidade acordou
outro não se levantou
o céu fez-se azul
assim como o mar
a música começou
agora está melhor
a alegria soltou-se
próxima do mar
ninguém se comoveu
quando o poema se leu
não era caso para tanto
mas teve o seu encanto
tudo tem o seu momento

E já agora
toma as chaves e vai andando
e espera por mim que estou quase a acabar a cerveja que me pagaram e assim até sabe melhor...
Adeus, vou mijar!

Bacus Maximus

Ergue-se a noite sobre os corpos

domingo, outubro 16, 2005