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avanti marinaio!
sábado, dezembro 15, 2007
segunda-feira, outubro 22, 2007
segunda-feira, outubro 15, 2007
País: Portugal
O título é de um tema da Banda do Casaco, do álbum "Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos", gravado em 1977. Passaram 30 anos. Terão mesmo passado?
(...)
Portugal de capital Lisboa
é pena capital pena seres apenas
a cabeçorra gigantesca e mal pensante
que nasce entre as pernas do Tejo
é pena capital pena que em ti
se escrevam os livros da incultura
que em ti se diga a liberdade
em bocas libertinas
Portugal
país fardado à força
país forçado à farda
país fadado à forca
(...)
******
Temos o fisco com a dita dura
perante o mais fraco e cumpridor
e com a dita mole
perante os cabeças grandes que controlam
nada disto nos espanta
é certo e sabido
mas há quem goste e aprove
serem sempre os mesmos os fodidos
fode o rico e o pobre
fode quem pode e não quem quer
para que uns fodam outras são fodidos
há sempre quem se foda melhor
Se a coisa anda mole
que ninguém se atrapalhe
há poder na língua e na mão
sempre houve e há-de haver
sonhei que um dia
começaremos de novo a pensar
e deixaremos de ser fodidos
e passaremos nós a foder
*******
(...)
Portugal de capital Lisboa
é pena capital pena seres apenas
a cabeçorra gigantesca e mal pensante
que nasce entre as pernas do Tejo
é pena capital pena que em ti
se escrevam os livros da incultura
que em ti se diga a liberdade
em bocas libertinas
Portugal
país fardado à força
país forçado à farda
país fadado à forca
(...)
******
Temos o fisco com a dita dura
perante o mais fraco e cumpridor
e com a dita mole
perante os cabeças grandes que controlam
nada disto nos espanta
é certo e sabido
mas há quem goste e aprove
serem sempre os mesmos os fodidos
fode o rico e o pobre
fode quem pode e não quem quer
para que uns fodam outras são fodidos
há sempre quem se foda melhor
Se a coisa anda mole
que ninguém se atrapalhe
há poder na língua e na mão
sempre houve e há-de haver
sonhei que um dia
começaremos de novo a pensar
e deixaremos de ser fodidos
e passaremos nós a foder
*******
no baixo alentejo
Ao cair da noite aparece-me uma lebre no meio da estrada. Mato ou não mato, eis a questão. A gaja ziguezagueava à frente da viatura, completamente desorientada, enquanto os três putos se desmanchavam a rir; o mais pequeno até dizia que a lebre estava a dançar para nós. E de facto parecia que dançava! Ora virava para a esquerda, ora virava para a direita, depois dava mais uns passos e voltava a virar...Mato não mato, dou-lhe com os máximos mas abrando e mantenho a velocidade reduzida até que o animal sai da estrada e desaparece no escuro. Pensei que seria comida a mais para o dia seguinte; pois se já havia dois borregos e um porco à espera de serem comidos. Já era matança a mais. Mas parece que fiz mal, pois toda a gente me disse que devia ter-lhe passado por cima e que aquilo dava bom petisco. Opiniões.
quarta-feira, outubro 10, 2007
no baixo alentejo
Sexta à tarde abalámos directos ao baixo alentejo. Adorei não ir pela auto-estrada. Saímos ali na marateca e enfiámos na nacional, para poupar nas portagens e ver belas paisagens e pessoas. Havia pouco trânsito e deu para apreciar e reviver o canal caveira, a mimosa, aljustrel e castro verde pela tardinha. Depois entrámos no pior pedaço de estrada que fiz em muitos anos: entre castro verde e a aldeia de são marcos da atabueira, a estrada continua até mértola e disseram que melhora lá mais para a frente, e também disseram que as obras estão para breve.
São marcos da atabueira é uma aldeia que, contrariando a tendência geral nesta zona, tem muita gente nova e muitos putos pequenos. É verdade. Há um parque infantil, as ruas estão sempre limpas, têm gente, umas famílias de ciganos montaram tendas junto à aldeia, têm um clube de futebol, com campo e ringue, vai-se ao café à noite e há pessoal a conversar nas calmas, a dar uma mirada num filme americano que passa na tv cabo...
Servem aqui uns tirinhos (uns copos minúsculos) de medronho, que caem muito bem a seguir a uma dose dupla de bacalhau com natas feitos na famosa máquina bimby. E vai-se ao que lá se chama o café do centro, que ali se situa nas instalações da junta de freguesia. Esta ideia de centro existe em várias aldeias da zona e é muito mais que um café: é o centro da localidade, onde as pessoas se reunem para algum assunto importante que diga respeito à vida comum, para actividades lúdicas e artísticas, beber copos, ver a bola, etc... Àquela hora o centro estava quase a fechar, mas como aparecemos lá uns cinco eles já não fecharam e nem ficaram chateados por causa disso, o rapaz até meteu um dvd dos metallica com a orquestra, ficámos a conversar e foi chegando mais pessoal, uns jogaram às cartas, outros snooker e outros beberam mais uns medronhos. Só que este medronho não era tão bom como o do café do chico, mas também não era de deitar fora.
Mais tarde fomos visitar a padaria, onde fazem o pão que carregavam em carrinhas para dali a umas horas abastecer vários locais de beja. Ao sábado vendem o pão todo. É um pequeno negócio familiar. Lá teve que se beber mais uma cerveja e fumar-se uma cigarrada ao luar, perante o olhar pachorrento do cão de guarda que se aninhava para dormir. Falámos sobre uma autocaravana que estava ali nas traseiras. Fora ali parar por obra e graça de um moço ucraniano, que chegou lá a viver, só que agora teve um acidente numa obra e actualmente está no hospital de beja um bocado mal. Tinha a porta aberta e fomos ver lá por dentro. Era muito confortável e espaçosa, equipada com tudo o que tem uma casa normal. Tinham tentado arrombar uma janela e o ucraniano pediu para a deixarem ali ficar.
O longe ouvia-se o motor de uma mota a romper a calmaria da noite na planície...
São marcos da atabueira é uma aldeia que, contrariando a tendência geral nesta zona, tem muita gente nova e muitos putos pequenos. É verdade. Há um parque infantil, as ruas estão sempre limpas, têm gente, umas famílias de ciganos montaram tendas junto à aldeia, têm um clube de futebol, com campo e ringue, vai-se ao café à noite e há pessoal a conversar nas calmas, a dar uma mirada num filme americano que passa na tv cabo...
Servem aqui uns tirinhos (uns copos minúsculos) de medronho, que caem muito bem a seguir a uma dose dupla de bacalhau com natas feitos na famosa máquina bimby. E vai-se ao que lá se chama o café do centro, que ali se situa nas instalações da junta de freguesia. Esta ideia de centro existe em várias aldeias da zona e é muito mais que um café: é o centro da localidade, onde as pessoas se reunem para algum assunto importante que diga respeito à vida comum, para actividades lúdicas e artísticas, beber copos, ver a bola, etc... Àquela hora o centro estava quase a fechar, mas como aparecemos lá uns cinco eles já não fecharam e nem ficaram chateados por causa disso, o rapaz até meteu um dvd dos metallica com a orquestra, ficámos a conversar e foi chegando mais pessoal, uns jogaram às cartas, outros snooker e outros beberam mais uns medronhos. Só que este medronho não era tão bom como o do café do chico, mas também não era de deitar fora.
Mais tarde fomos visitar a padaria, onde fazem o pão que carregavam em carrinhas para dali a umas horas abastecer vários locais de beja. Ao sábado vendem o pão todo. É um pequeno negócio familiar. Lá teve que se beber mais uma cerveja e fumar-se uma cigarrada ao luar, perante o olhar pachorrento do cão de guarda que se aninhava para dormir. Falámos sobre uma autocaravana que estava ali nas traseiras. Fora ali parar por obra e graça de um moço ucraniano, que chegou lá a viver, só que agora teve um acidente numa obra e actualmente está no hospital de beja um bocado mal. Tinha a porta aberta e fomos ver lá por dentro. Era muito confortável e espaçosa, equipada com tudo o que tem uma casa normal. Tinham tentado arrombar uma janela e o ucraniano pediu para a deixarem ali ficar.
O longe ouvia-se o motor de uma mota a romper a calmaria da noite na planície...
quinta-feira, setembro 27, 2007
Exageros
Foi para aí em Julho de 1985 que o Santoantoniense organizou um torneio de futebol que fez história. Houve competição de séniores, juniores e juvenis. Eu alinhava pelos juvenis do União Desportiva de Vila Chã. Não me lembro da classificação nem de quem ganhou e de outros pormenores que o tempo levou. Mas lembro-me que a equipa da Fonte do Feto ficou em último lugar. Era formada por aqueles tipos assim meio agricultores a quem chamavamos caramelos e sofreram uns 30 e tal golos e só marcaram um. E que golo! Disto lembro-me porque foi no jogo que disputámos com eles. A partida aproximava-se do fim e nós tinhamos uma vantagem de 10-0. Houve golos de todas as formas e feitios. Quando já toda a gente se preparava para o apito final, eis quando eles vão em direcção à nossa baliza, mais determinados que nunca, um gajo grandalhão mas tosco consegue fintar o guarda-redes (acho que esta era o Paulo Maricas) e com as redes à sua frente empurra a bola para golo. Era o seu tento de honra, até achei que era simpático. Mas qual tento de honra qual quê! Aquilo para eles significava uma Liga dos Campeões, uma Taça do Mundo, o ponto mais alto da glória desportiva. O bacano dá uma volta completa ao campo perseguido pelos colegas, de braços no ar, tudo aos gritos de "golo!", os suplentes entraram em campo, as mães e avós que assistiam entraram em campo, buzinas de carros soaram...só faltou ser feriado na freguesia. Ficámos de início estupefactos e foi uma risada. Ainda por cima os gajos não estavam no gozo; aquilo era mesmo a sério; aquele golo foi a maior explosão de alegria que vi até hoje num jogo de futebol. A sério.
Pois agora tem andado para aí um sururu com os "Lobos" do rugby (ou será râguebi?) que me provocou o mesmo tipo de estupefacção. Levaram tareia de todos os brutamontes que defrontaram mas como são "amadores", coitados, têm a simpatia de toda a gente, ao ponto de as tvs não falarem de outra coisa, se não contarmos com o Mourinho, claro. Ele é directos dos estágios, entrevistas a betinhos excitados, cachecóis a dizerem campeões do mundo, recepções no aeroporto e sei lá que mais. Não se compreende tanto exagero. Deram o seu melhor, tudo bem, mas vamos a ter calma, acordem lá e vejam que não se ganhou nada para além de alguns jogadores que farão uns contratos em ligas estrangeiras.
Imagino a Fonte do Feto em 1985 a receber os seus heróis e a festa que não terá sido.
Mas finalmente houve alguém que se cagou para o futebol, embora já tenha por lá andado. Faço aqui um elogio ao Santana Lopes. Ontem interromperam o homem na Sic por causa de um directo da chegada do Mourinho à Portela, o gajo não gostou e foi-se embora do programa. Muito bem. Já é tempo de deixarem de nos atirar com a merda das inutilidades da bola para os olhos. Esse ópio informativo que queima os neurónios.
Pois agora tem andado para aí um sururu com os "Lobos" do rugby (ou será râguebi?) que me provocou o mesmo tipo de estupefacção. Levaram tareia de todos os brutamontes que defrontaram mas como são "amadores", coitados, têm a simpatia de toda a gente, ao ponto de as tvs não falarem de outra coisa, se não contarmos com o Mourinho, claro. Ele é directos dos estágios, entrevistas a betinhos excitados, cachecóis a dizerem campeões do mundo, recepções no aeroporto e sei lá que mais. Não se compreende tanto exagero. Deram o seu melhor, tudo bem, mas vamos a ter calma, acordem lá e vejam que não se ganhou nada para além de alguns jogadores que farão uns contratos em ligas estrangeiras.
Imagino a Fonte do Feto em 1985 a receber os seus heróis e a festa que não terá sido.
Mas finalmente houve alguém que se cagou para o futebol, embora já tenha por lá andado. Faço aqui um elogio ao Santana Lopes. Ontem interromperam o homem na Sic por causa de um directo da chegada do Mourinho à Portela, o gajo não gostou e foi-se embora do programa. Muito bem. Já é tempo de deixarem de nos atirar com a merda das inutilidades da bola para os olhos. Esse ópio informativo que queima os neurónios.
segunda-feira, setembro 24, 2007
A Tomada da Ilha do Rato
23 de Setembro de 2007
A Ilha do Rato situa-se a meio do Rio Tejo, entre o Lavradio e o Montijo.
Chegada à ilha a bordo do varino Pestarola.
Desembarque e tomada da ilha. Erguer da bandeira e belo churrasco a bordo, regado com boa pinga de Felgueiras, Alentejo e sumos variados. Só faltou o café, mas não se pode ter tudo.
A Frente de Libertação da Ilha do Rato (FLIR) promete novas acções no futuro e deseja a todos os seus associados e simpatizantes que sejam felizes.
A Ilha do Rato situa-se a meio do Rio Tejo, entre o Lavradio e o Montijo.
Chegada à ilha a bordo do varino Pestarola.
Desembarque e tomada da ilha. Erguer da bandeira e belo churrasco a bordo, regado com boa pinga de Felgueiras, Alentejo e sumos variados. Só faltou o café, mas não se pode ter tudo.
A Frente de Libertação da Ilha do Rato (FLIR) promete novas acções no futuro e deseja a todos os seus associados e simpatizantes que sejam felizes.
sexta-feira, setembro 21, 2007
Land Of The Free?
Venderam-nos aquele país como a terra da liberdade...
Desde que não façam as perguntas que interessam.
Desde que não façam as perguntas que interessam.
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